Governo se submete ao cartel de bancos e aumenta juros para aposentados

Nota da CSB: Governo se submete ao cartel de bancos e aumenta taxa de juros para aposentados nos empréstimos consignados, indo na contramão dos interesses da classe trabalhadora.

Na tarde desta terça-feira (28), o Conselho Nacional de Previdência Social, orientado pelo governo federal, aprovou o aumento do limite da taxa de juros do consignado para 1,97% ao mês, contrariando os anseios dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.

A taxa de juros que estava em vigor era de até 1,70%, índice aprovado na última reunião do Conselho e contestado na ocasião apenas pelos representantes dos bancos.

A negociação entre os bancos e o governo é resultado do locaute promovido pelo cartel bancário que contou com o endosso de bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

Com a redução das taxas de juros para aposentados e pensionistas no último dia 13, os bancos suspenderam a oferta de crédito consignado para esse grupo.

Pelas redes sociais, o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, criticou o governo pela decisão de aumentar os juros dos empréstimos consignados para aposentados.

“Na contramão dos interesses da classe trabalhadora, o Governo se submeteu aos caprichos e interesses de um Cartel de Bancos com a participação da Caixa e do BB”, contestou Neto.

O presidente da CSB também criticou a composição do conselho e reafirmou a posição da Central sobre o tema.

“A CSB não votou, pois é suplente no conselho. Mas a nossa posição era pela manutenção dos 1,70%. O que só mostra a necessidade de alterações no conselho, garantindo espaço para todas as Centrais legitimamente aferidas. ”, cobrou Antonio Neto.

A decisão tomada nesta terça-feira contradiz o próprio governo Lula, que vem defendendo a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central.

Na última semana, o presidente Lula e o ministro da Fazenda Fernando Haddad criticaram duramente a decisão da manutenção da taxa Selic em 13,75% pelo BC, comandado por Roberto Campos Neto.

Leia também: Em ato contra juros altos, CSB cobra revogação das maldades da Reforma Trabalhista

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