Uma reunião, na sede do Pró-Idoso, uma assembleia, do lado de fora do prédio, uma passeata e uma concentração na porta da Prefeitura marcaram, na manhã desta segunda-feira (18 de junho) o início da paralisação de três dias dos funcionários da AMAC (Associação Municipal de Apoio Comunitário) de Juiz de Fora (MG). O movimento é basicamente contra a ameaça de demissão, sem dos direitos rescisórios garantidos, de 284 servidores.
Os trabalhadores também protestam contra o processo de Chamamento Público, que tem proporcionado à AMAC apenas 60% do orçamento anterior, para cuidar de vários programas sociais da cidade. A greve acontece, pelo menos, até às 15h de quarta-feira (20 de junho), quando será realizada uma Assembleia na Praça da Estação (centro da cidade).
Nesta terça-feira (19 de junho), às 14h30, acontece uma reunião entre equipes técnicas da AMAC e Prefeitura, para tentar resolver o impasse. Toda a movimentação dos trabalhadores, organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF), tem o apoio da FESERP-MG, da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil). “Defender a AMAC é defender Juiz de Fora”, observou o presidente da FESERP-MG e da CSB Minas, Cosme Nogueira.
Na primeira reunião desta segunda-feira, no Pró-Idoso, o superintendente da AMAC, Alexandre de Oliveira Andrade, deixou bem claro que a situação da Associação é crítica. “A instituição está sendo inviabilizada. São vários programas que temos que tocar com um orçamento agora reduzido, e ainda com a ameaça sobre a cabeça de 284 famílias”, disse. O presidente da FESERP-MG e da CSB Minas propôs reviver o “AMAC Que Te Quero Viva”, um movimento que, em outros momentos, evitou que a Associação fosse praticamente extinta.
“O que está acontecendo com a AMAC faz parte de um processo em curso no Brasil, em todas as esferas, de acabar com o apoio às classes menos favorecidas. Falta humanidade e decências às pessoas e aos governos que querem fazer isso”, disse Cosme Nogueira. Para o presidente do SINSERPU-JF, Amarildo Romanazzi, é a “Prefeitura de Juiz de Fora que depende da AMAC, para a assistência social da cidade”. Ele afirmou que o Sindicato deve entrar com uma ação judicial, caso esses 284 trabalhadores ameaçados de demissão sejam desrespeitados em seus direitos.
Após a passeata e a concentração em frente à Prefeitura – que terminou com um abraço simbólico no prédio, ao som do Hino Nacional – ficaram definidas várias ações, entre elas, a criação de um Grupo de Trabalho para analisar a situação, a distribuição de informativos à população de Juiz de Fora e um novo ato público, para esta terça-feira (19 de junho), às 12h, no Calçadão da Rua Halfeld.
Fonte: FESERP/MG