Reunião aconteceu na última terça-feira (25), na Assembleia Legislativa
A greve dos servidores públicos, que durou mais de 30 dias no estado do Mato Grosso, começou a surtir efeitos positivos após reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) realizada na tarde da última terça-feira (25), na Assembleia Legislativa. Com a presença de mais de 10 membros do Fórum Sindical, entidade que representa 32 sindicatos de diversas categorias de servidores, foram discutidas emendas para assuntos como a Revisão Geral Anual (RGA) do ano de 2017, que não haviam sido incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentais (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).
A presença dos sindicalistas na Assembleia e os dias de paralisação dos servidores foram fatores determinantes para a vitória da categoria. A pressão das entidades, aliada aos trabalhadores, fez com que os deputados incluíssem uma emenda coletiva sobre a RGA e enviassem o relatório da Comissão de Justiça para votação no plenário.
Segundo o integrante da Direção Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do Fórum Sindical, Antonio Wagner de Oliveira, os deputados estão receosos de sofrer um novo desgaste.
“Os deputados estão fazendo a parte deles, já que o executivo mandou a LDO sem a previsão do RGA, o que causaria novamente um conflito com as categorias no ano que vem”, falou. Ainda segundo Wagner, o Fórum Sindical fez uma “gestão” na Assembleia Legislativa, e essa é uma pequena vitória para o trabalhador.
“A inclusão da emenda é uma sinalização de que estamos sendo ouvidos e que estamos fazendo a nossa parte. A participação dos servidores no Conselho de Gestão de Pessoas, o encaminhamento de uma série de ofícios para a Assembleia Legislativa e os resultados das urnas, que não foram muito favoráveis aos candidatos do governador, são os principais fatores para essa primeira conquista”, completou Wagner, que também é diretor do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig-MT).
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT) e vice-presidente da CSB, Diany Dias de Souza, aproveitou a ocasião para fazer algumas propostas aos deputados. Uma delas foi a taxação dos insumos agrícolas para a indústria.
“Nós estamos fazendo esse trabalho, pois eles não pagam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dentro do nosso estado. Não queremos taxar o produtor, e sim a indústria. Essa proposta também ajudaria o Mato Grosso a fazer pesquisas e desenvolver o Instituto de Defesa Agropecuária”, finalizou a presidente do SINTAP/MT.