Fonset e centrais sindicais analisam conversão das indústrias para combate da Covid-19

O Fórum Nacional de Secretarias do Trabalho (Fonset) e Centrais Sindicais estudam a hipótese de fazer a reconversão produtiva, que é a possibilidade de transformação das atividades de algumas plantas industriais para a produção de bens e insumos necessários para o enfrentamento do coronavírus. A reunião aconteceu nesta sexta-feira (3), por videoconferência.

A criação de comitês estaduais para o mapeamento das indústrias que possam fazer essa conversão para a produção de respiradores mecânicos, álcool gel e equipamentos de proteção individual é o primeiro passo da ação e já tem outra reunião agendada para a próxima terça-feira, segundo o presidente do Fonset e secretário do Trabalho da Bahia, Davidson Magalhães.

“A industria têxtil que produz roupa, pode algumas linhas de produção produzir máscaras? É a nova produção para essas áreas. E tem um estrangulamento na oferta desses equipamentos. Respirador mecânico, álcool gel. Isso protege a coletividade. Queremos montar esses comitês nos estados, para envolver o governo. Para converter setores da industrias para essas necessidades especiais. Tem o setor de bebidas, o setor dos plásticos. O objetivo é fazer um mapeamento e a abordagem organizada nos estados”, explicou ao Bahia Notícias.

A possibilidade da requalificação dos trabalhadores para novas atividades na implementação da reconversão produtiva foi apontada por Davidson.

“O próprio Banco Nacional do Desenvolvimento está criando uma linha. Vamos discutir nos estados linhas para isso. Temos que pensar em requalificar pessoas também. Estamos em uma guerra e temos que adaptar os processos produtivos. Já temos 25 cooperativas envolvidas nisso. Em Maraú já estão produzindo máscaras. Pensamos em fazer uma ação articulada”, comentou.

“Além de atender uma necessidade iminente, a medida garante o manutenção dos empregos dos trabalhadores desse segmento. O próximo passo é articularmos com as federações das indústrias e outros setores que devem ser envolvidos nessa ação”, completou Magalhães.

Outras medidas para o trabalho foram discutidas. “Tínhamos o problema do seguro desemprego, para agilizar o seguro. Liberar a parte burocrática, está [cadastrado] no E-social, e segura isso por inconsistências bestas. Temos um momento de crise, da sobrevivência imediata. Temos questões emergenciais”, explicou ao BN.

Participaram da reunião o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre; presidente da Força Sindical, Miguel Torres; presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah; presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo; vice-presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, José Reginaldo Inácio; e o presidente da Central de Sindicatos do Brasil, Antonio Neto.

Fonte: Bahia Notícias

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