Feserp Minas, CSB, CSPB foram às ruas hoje (23), em Juiz de Fora, com apoio do Sinserpu, sindicato dos servidores municipais
A Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais – Feserp Minas, a Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB e a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB foram às ruas na manhã de hoje (23) para dar início ao Dia Nacional de Lutas. A manifestação foi em frente à Câmara Municipal de Juiz de Fora. A prioridade da Feserp Minas é combater a PEC 32, a “Reforma Administrativa”, e apoiar a aprovação do PL 2564, que trata do piso salarial para os profissionais de enfermagem.
Ato integra atividades da Feserp contra a PEC 32
A mobilização faz parte de uma série de atividades desempenhadas pela Feserp Minas por todo o estado, com o objetivo de divulgar os malefícios que a Reforma Administrativa traz ao Brasil e, principalmente, para o serviço público. O ato integra ainda um cronograma de atividades comandado pelo presidente da Feserp Minas, Cosme Nogueira, que conta com o auxílio de uma delegação composta por diretores do Sinserpu-JF, entidade comprometida com a luta sindical em Juiz de Fora e região.
Confira a declaração do presidente da Feserp Minas e representante estadual de Minas Gerais na CSB, Cosme Nogueira:
Hoje, dia 23 de Junho, é o Dia Nacional de Luta contra a PEC 32, organizado pelas Centrais Sindicais apoiadas pelas entidades representativas dos servidores públicos. O objetivo é colocar a luta nas ruas para intensificar e massificar a informação do conteúdo desta proposta para a sociedade que desconhece de fato o que ela representa.
A maioria esmagadora da população não sabe as consequências desta PEC 32 e, para conter esta grande ameaça, é preciso uma ampla pressão popular sobre os parlamentares. O governo federal está usando falsas argumentações, citando que a reforma administrativa é para acabar com privilégios. Isto faz com que a maioria das pessoas fiquem indiferentes, mas a verdade é que a reforma vai pôr em prática um plano de mudança do conceito de Estado. A Reforma Administrativa transfere ainda a gestão dos orçamentos públicos para o setor privado, penalizando principalmente a maior camada da população, os mais pobres, afetando de forma cruel os servidores municipais. Ao contrário do que o governo propaga, não há privilégio para os servidores municipais, muito pelo contrário, pois estes recebem em média de 1 a 2 salários mínimos, convivem com precárias condições de trabalho e sofrem, muitas vezes, assédio moral.
Outro ponto a destacar é que, com a aprovação da Reforma Administrativa, corremos o risco de ter um aumento da corrupção e a falência dos institutos próprios de previdência. Isso porque a reforma administrativa vai acabar com o concurso público e os futuros servidores serão contratados. O recolhimento previdenciário será para o regime geral da previdência e, neste caso, como ficarão os regimes próprios? Quem vai pagar as aposentadorias no futuro?
Diante de tanta ameaça e de um cenário de terra arrasada, se a PEC 32 for aprovada, o dia de hoje tem uma importância enorme, pois chegou a hora de enfrentarmos esta ameaça e buscarmos o apoio da população. A Feserp Minas orientou seus sindicatos filiados a organizarem atividades por todo estado de Minas Gerais. Orientamos nossa militância a distribuir panfletos, usar carro de som ou qualquer atividade que busque aproximação com o cidadão, acompanhadas de todas as medidas de sanitárias e de segurança, diante da pandemia.