Na tarde desta quarta-feira (25 de abril), os trabalhadores da educação infantil de Belo Horizonte realizaram um novo ato e assembleia, quando decidiram manter a greve por tempo indeterminado, mesmo após a repressão da segunda-feira (23), quando eles foram dispersados pela Polícia Militar com bombas de efeito moral, gás de pimenta e jatos d’água.
A FESERP-MG e a seccional Minas Gerais da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) condenaram a arbitrariedade do início da semana. “O que aconteceu na segunda-feira foi uma barbaridade, um ato abominável. Algo que lembrou os tempos mais sombrios da Ditadura, quando greve legítima era tratada como caso de polícia. A Prefeitura de Belo Horizonte deve, no mínimo, uma explicação à população e um pedido de desculpas aos trabalhadores, além de garantir que isso nunca mais aconteça”, disse Cosme Nogueira, presidente da FESERP-MG (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Minas Gerais) e da seccional mineira da CSB.
O protesto desta quarta-feira foi novamente na porta da Prefeitura de Belo Horizonte e teve adesão dos pais e crianças, que escreveram cartazes contra a violência. “Não faça nada com a minha professora porque ela é legal”, “Prefeito para seu bem… Não bata em Ninguém! Minha professora é da paz”, diziam algumas das mensagens dos alunos (fotos)
A reivindicação principal dos grevistas é a unificação das carreiras de professor de ensino fundamental e de professor para educação infantil.
Fonte: Feserp-MG