Durante evento, reforma trabalhista também foi debatida entre taxistas e mototaxistas, e diretoria da Federação foi reeleita
Para eleger a nova diretoria e discutir os principais aspectos que afetam a realidade das categorias, a Federação Interestadual das Regiões Norte e Nordeste dos Trabalhadores em Transportes de Mototaxistas, Motoboys, Motofretes e Taxistas (FENORDEST) realizou, na última sexta-feira (25), o Congresso da entidade. O evento, que reuniu cerca de 80 pessoas, aconteceu na capital do Acre, Rio Branco.
No dia, a reforma trabalhista e a sustentabilidade financeira do movimento sindical, além da regulamentação do transporte remunerado privado individual de passageiros pela Lei 13.460/2018 e a regularização do adicional periculosidade foram alguns dos assuntos debatidos.
De acordo com o presidente reeleito por unanimidade para um mandato de mais quatro anos na Federação, Pedro Mourão, o encontro entre os profissionais foi importante para esclarecer pontos cruciais à mobilização das categorias e da nova gestão.
“Todos os temas discutidos no Congresso serão prioridade da nossa diretoria ao longo deste novo mandato e, principalmente, em 2018. Sem a obrigatoriedade da cobrança da contribuição sindical, por exemplo, precisamos entender como devemos cuidar da vida financeira da entidade. E ainda temos que lutar pela regularização do adicional de periculosidade de 30% aos motociclistas, que já foi sancionado em lei [Lei 12.997/2014], mas que aguarda a regulamentação do Ministério do Trabalho”, ressalta o dirigente.
Greve dos Caminhoneiros
O apoio da FENORDEST à greve dos caminhoneiros contra os aumentos consecutivos no litro do diesel e da gasolina e pela redução dos impostos PIS/COFINS sobre os combustíveis também teve destaque durante o Congresso.
Segundo o presidente Pedro Mourão, a Federação é solidária aos trabalhadores. “Queremos salientar nossa solidariedade à mobilização contra a alta nos combustíveis, que está prejudicando não só os caminhoneiros, como toda a população e, em especial, os taxistas e os mototaxistas que precisam do combustível a um preço justo para trabalhar com dignidade. Queremos dizer que estamos prontos para ajudar no que for possível. Inclusive, sindicatos das categorias no Acre chegaram a levar alimentos e água aos companheiros protestantes”, relata.
Apesar das medidas tardias do governo federal de reduzir em R$ 0,46 o preço do diesel por 60 dias e o da gasolina em 2,8%, 25 estados continuaram a registrar protestos da categoria nas rodovias do País nesta segunda-feira (28). A greve também recebe o apoio da CSB.
Confira abaixo a mobilização da Central a favor dos caminhoneiros:
CSB promove ações de apoio e solidariedade pelo País em defesa dos caminhoneiros
FESERP-MG e CSB Minas apoiam a greve dos caminhoneiros do Brasil
Centrais sindicais criticam convocação das forças armadas para conter greve dos caminhoneiros
Servidores do Rio Grande do Sul se mobilizam em apoio aos caminhoneiros