Sindicatos adotam a manutenção da contribuição sindical por meio de assembleias e com a aprovação das categorias
Com a reforma trabalhista, que entra em vigor a partir do próximo dia 11 de novembro, entidades sindicais precisaram traçar novas estratégias para evitar o enfraquecimento das instituições e continuar defendendo os trabalhadores de maneira combativa e independente.Com o fim do imposto sindical, que custeia a estrutura e o trabalho das entidades na luta pelos direitos trabalhistas, elas se organizam para garantir o financiamento dos sindicatos na manutenção do arcabouço protetivo dos trabalhadores.
Por meio de assembleias, as entidades têm conseguido a aprovação das categorias para a manutenção da contribuição. A primeira entidade sindical filiada à Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) a tomar esta medida foi o Sindicato dos Trabalhadores no Vestuário de Guarulhos (Sindvestuario).
Antonio Neto, presidente da CSB, afirmou que esta é a orientação da Central para os 789 sindicatos filiados à Entidade. “A média de sindicalização no País varia de 7% a 30% (de cada categoria). Só o dinheiro dos sócios não sustenta as entidades. Tirar a contribuição é retirar o maior dinheiro de muitos sindicatos. Vai haver muita fusão”, disse Neto em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
“Quando a lei diz que é preciso prévia e expressa autorização, não quer dizer que ela deve ser individual ou por escrito. Se toda negociação é deliberada em assembleia, então essa autorização se dá na assembleia”, argumentou o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea, para o jornal paulista.
O imposto sindical é fundamental para a vida das entidades sindicais. Além de fortalecer a luta pelos direitos dos trabalhadores, servem para custear a estrutura física e representar as categorias contra qualquer tentativa de subtração de conquistas. Além de negociar salários, os sindicatos estabelecem acordos coletivos com os empregadores, visando ampliação dos benefícios.
Com informações dos jornais Agora e O Estado de S. Paulo