Entidades discutem criação de fórum sobre segurança pública em São Paulo

Autoridades cobram mudanças na legislação e melhores condições de trabalho para os policiais

Na manhã dessa quinta-feira (27), por iniciativa do Sindicato da Polícia Federal de São Paulo, foi realizado um encontro com representantes do Ministério Público, da Associação dos Oficiais, Praças e Pensionistas da Polícia Militar do Estado de São Paulo (AOPP), da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP), da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo (ACSPMESP), do Sindicato dos Bombeiros Civis de São Paul, da OAB, da Internacional Police Association, da Associação Paulista do  Ministério Público (APMP), do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado de São Paulo (Sinprf-SP), Sindicato dos Escrivães de Policia do Estado de São Paulo (Sepesp). O evento, que contou com o apoio CSB, teve como objetivo debater a criação de um fórum estadual para discutir os problemas da segurança pública e pautar ações no sentido de enfrentar os problemas sérios pelos quais passa a sociedade.

IMG_1219O fórum tem como objetivo formatar um grande projeto de segurança pública, que será debatido junto à sociedade. De acordo com Alexandre Santana Sally, presidente do Sindpolf, é preciso estabelecer uma pauta única. “Vamos elaborar um documento para debatermos com as instituições sociais e traçarmos uma linha para sensibilizar o governo sobre a grave situação da segurança pública brasileira”, explicou.

Para o dirigente, não há estrutura pública e nem privada para que a segurança do cidadão seja garantida. Sally afirma que essa é razão do debate que visa encontrar soluções para os problemas de segurança. “Entre os direitos que devem ser tutelados pelo Estado, a proteção à vida é, por definição, o mais relevante. Por isso, a segurança pública deveria ocupar um lugar central nos debates políticos. Mas não é o que acontece hoje no Brasil”, disse.

roberto_livianu (1)O problema da violência no País é tamanho, que segundo índices da Organização Mundial de Saúde (OMS)   vivemos em um estado de violência epidêmica, com mais de 30 mortes por 100 mil habitantes por dia. Os números também são superiores aos de conflitos armados, como o embate entre Rússia e Chechênia, na década de 1990, e a guerra civil de Angola, nos anos 70.  “Precisamos da união de todas as esferas, passando pelo judiciário, educacional e policial, mas devemos ter em mente que qualquer ação de combate agora será paliativa, porque serão formas de conter o resultados e não a raiz do problema , e a violência só acabará com atitudes preventivas, que começam com educação e com a mudança nas leis. A ideia do fórum que será fruto dessa reunião é colocar em prática, e levar ao Senado, medidas que sejam eficientes e não fiquem apenas no papel ”, explica o promotor do Ministério Público Roberto Levianu.

Apesar da urgência do tema, segundo Alexandre Sally, o assunto parece não chamar a atenção do poder público. “Enquanto criminosos continuam ganhando as ruas graças à legislação frouxa, à superlotação de presídios e ao despreparo da polícia, os possíveis candidatos à Presidência em 2014 priorizam outros temas que geram mais votos. A preservação da sociedade e a evolução da mesma dela passa pela segurança e bem-estar”, completa.

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Uma luta da CSB

A CSB tem em sua base uma representação sólida de entidades sindicais de policiais federais. E, por seus ideias de justiça e sua capacidade de articulação junto ao governo, oferece todo o seu apoio à criação do fórum de segurança pública. “Nós nos sentimos privilegiados por poder intermediar esse debate e por sermos parte desse momento de consciência social tão importante. A CSB entende a essencialidade das melhorias nos departamentos de segurança pública do Brasil. A união faz a força, e estamos aqui para somar e contribuir para a formação de uma nação mais justa”, disse Antonio Neto, presidente da CSB.

Além disso, a CSB se solidariza e manifesta seu total e irrestrito apoio à greve deflagrada pelos Policiais Federais, sob o comando da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) – e dos sindicatos filiados. Ao todo, 24 estados mais o Distrito Federal estão com suas policias federais paralisadas há mais de 48 horas.

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