Entenda como a China pode ultrapassar os EUA e se tornar a maior economia do mundo até 2030

País ainda está longe, no entanto, de alcançar maior PIB per capita mundial

A China deve se tornar a maior economia do mundo daqui dez anos, ultrapassando os EUA, considerando o valor do PIB (Produto Interno Bruto) das duas economias em dólares. Pelo conceito que considera a paridade do poder de compra das moedas locais, a China já é o maior PIB mundial desde 2015.

De acordo com estatísticas selecionadas no documento “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, lançado pelo Conselho Empresarial Brasil-China, o país asiático ainda estará longe de alcançar os americanos em relação ao PIB per capita, um indicador utilizado para medir o bem-estar da população.

O PIB da China em moeda corrente representa atualmente cerca de 60% do PIB americano. O PIB per capita chinês é de 15% do americano em dólares e 25% em PPP.

Nos últimos anos, a China tem investido valores vultosos em infraestrutura. Entre 2011 e 2013, produziu mais cimento que os EUA em todo o século 20. Em 15 anos, construiu o equivalente a todo o estoque de moradias da Europa.

O país asiático já ultrapassou o sistema rodoviário americano em mais de 50% e possui uma rede ferroviária de alta velocidade que supera a rede de todos os outros países juntos.

As empresas do país também têm ganhado espaço e ameaçado a liderando dos americanos. Em 2020, das 500 maiores empresas globais por faturamento listadas pela revista Fortune, 124 eram de China continental e Hong Kong e 121 dos EUA. Em 1990, não havia nenhuma empresa chinesa na lista.
A China se tornou ainda um gigante em termos de tecnologia e inovação. O investimento chinês em P&D é de 14% do total mundial, atrás dos Estados Unidos. O país é o segundo em citações em publicações científicas. Nas provas do PISA de 2015, ocupou o sexto lugar em matemática (os EUA ocuparam o 39º).

O país passa neste por uma transição para um “novo normal” que deve levar décadas para se completar, segundo o documento, que deve exigir esforços para acumulação de capital humano, produtivo, financeiro e tecnológico, tratar dos desafios ambientais, lidar com um ambiente externo mais hostil ao país e superar o desafio do envelhecimento populacional (a população economicamente ativa se reduzirá em cerca de 170 milhões de pessoas até 2049).

Em relação ao Brasil, a pauta de exportações para a China é concentrada em três produtos: soja, petróleo e minério de ferro, que responderam por quase 80% das exportações nos últimos dez anos.

O Brasil teve superávits comerciais com o país em 17 dos últimos 20 anos. A China teve com o Brasil seu terceiro maior déficit comercial em 2020, atrás de Coreia do Sul e Austrália. Para cada dólar que o Brasil exporta para os EUA, exporta 3,5 para a China.

Fonte: Folha de S. Paulo

 

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