Em Minas Gerais, centrais sindicais se reúnem e definem ação contra a tragédia de Brumadinho

Com ênfase no mundo trabalhista, entidades buscarão assistência e farão ato no 7º dia da catástrofe

A tragédia ocorrida em Brumadinho, 60 km de Belo Horizonte, na última sexta-feira (25), mobilizou as centrais sindicais em Minas Gerais, que organizaram uma reunião, em caráter de urgência, na manhã desta segunda-feira (28), na capital mineira.

Durante o encontro, os dirigentes, que trataram o caso como crime da Vale sobre os trabalhadores e o meio ambiente, além de crime de lesa pátria, estabeleceram as próximas ações do grupo.

Entre as ações futuras, as centrais devem denunciar o crime da Vale em Brumadinho e possíveis tragédias que podem acontecer no estado mineiro, com objetivo de cobrar providências das autoridades.

As entidades sindicais envolvidas também irão propor audiências públicas nos municípios atingidos e nos que correm riscos, além de realizar encontros com representantes dos trabalhadores atingidos pelo rompimento da barragem.

Ainda faz parte do plano de ação buscar assistência jurídica e solidária aos atingidos, unificar os movimentos sociais para um grande ato de 7º dia de crime e realizar um grande ato no dia de posse dos parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

As centrais também prometeram entrar como amicus curiae na ação de inconstitucionalidade movida pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) contra o teto de 50 salários de indenização.

O secretário dos profissionais liberais da Seccional Minas Gerais da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), José Geraldo Teixeira, representou a Entidade e destacou a importância do encontro.

“A reunião foi positiva pois foram levantados vários problemas que precisam ser discutidos realmente, mesmo as questões trabalhistas e das privatizações”, disse o dirigente, que também preside o Sindicato dos Administradores de Minas Gerais.

De acordo com reportagem do portal de notícias G1, a catástrofe em Brumadinho pode ser o maior acidente de trabalho da história do Brasil e o segundo acidente industrial mais mortífero do século 21 em todo mundo.

 

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