Cerimônia de Abertura do Congresso Estadual foi pautada pela união dos dirigentes na luta contra as consequências da reforma trabalhista aprovada pelo Senado
O Congresso Estadual de Goiás teve início na noite desta terça-feira (11), num dia de importância para o futuro do País. Por 50 votos a favor e 26 contra, o Plenário do Senado aprovou a reforma trabalhista e ratificou o fim dos direitos consolidados pela CLT. Diante deste cenário sombrio ratificado pela maioria dos senadores, Antonio Neto, presidente da CSB convocou os dirigentes goianos a lutarem e foi categórico: “Perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra. É o início da grande virada da classe operária contra os inimigos o povo brasileiro”.
Em seu discurso, Neto destacou a importância da realização do Congresso de Goiás para a formação da diretoria seccional e a ampliação do trabalho da Central no estado, além da relevância da participação do ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes na cerimônia de abertura. O presidente da CSB criticou duramente a atitude dos senadores que votaram a favor da reforma trabalhista. Para Neto, “o Senado Federal “foi covarde, abriu mão de legislar” e prefere sugerir que o Poder Executivo vete os pontos mais polêmicos da proposta.

O vice-presidente da CSB Sandro Jadir, com o mesmo espírito de luta, saudou a realização do evento e afirmou que o congresso estadual será um instrumento de aprendizado e crescimento para os dirigentes. “Deixo minha palavra de gratidão por acreditarem que um novo tempo começa para o movimento sindical em Goiás. Vamos continuar dizendo não às reformas e um brado bem forte em apoio aos trabalhadores”, disse.
A cerimônia de abertura contou também com a participação de autoridades e políticos do estado. O vereador Paulinho Graus, do PDT, ressaltou a importância da participação de Ciro Gomes no evento e lembrou o cenário de ameaça aos direitos. “Se depender do governo atual, o País será cada dia mais massacrado e os banqueiros apoiados cada vez mais”, criticou.

Degmar Pereira, superintendente Regional do Trabalho de Goiás, disse que a CSB “pertence verdadeiramente ao trabalho”. Aqui o trabalhador tem voz e é representado. O Ministério do Trabalho no estado de Goiás está à disposição dos trabalhadores e de todos os sindicatos, porque são eles que representam os trabalhadores”, salientou Pereira.
A vereadora Cristina Lopes (PSDB) ratificou a opinião do superintendente Regional do Trabalho de Goiás ao dizer que a Central “tem talento para protagonizar as principais lutas do País”. Segundo Cristina, é o momento de o País mostrar que é mais forte que qualquer crise. “O que fica é a democracia e os poderes constituídos, e o movimento sindical tem papel fundamental na construção da história trabalhista do País.”
O evento segue até a próxima sexta-feira (14) com palestras de formação política e sindical, além da eleição da diretoria seccional de Goiás. Acompanhe aqui.
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