Em coletiva, centrais reafirmam unidade para o Dia Nacional de Luta

CSB participou do evento, no qual Antonio Neto condenou o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, que chegou a 8,5% ao ano

Na noite desta quarta-feira (10), as centrais sindicais participaram da coletiva de imprensa na sede do Centro de Estudos de Mídia Alternativa para afinar os detalhes das ações do Dia Nacional de Luta. A CSB foi representada pelo presidente Antonio Neto, que defendeu as necessidades urgentes dos trabalhadores e aprofundou a linha de preparação para greve geral.

“Se não tivermos as respostas que queremos, a sociedade vai responder ao governo sinalizando que o movimento é para lutar incansavelmente contra aqueles que prejudicam os trabalhadores”, explicou Neto.

O presidente da CSB condenou o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, que mudou de 8% para 8,5% ao ano e foi definido hoje pelo Banco Central. “O aumento dos juros é uma afronta ao desenvolvimento do Brasil e aos direitos dos trabalhadores, principais responsáveis pelo crescimento nacional”, contestou.

Segundo o portal de notícias G1, esse foi o terceiro aumento consecutivo na taxa Selic, que vem subindo desde abril deste ano, o que elevou os juros para o maior nível desde abril de 2012 – quando eram de 9% ao ano.

As centrais afirmaram que a luta pela pauta trabalhista continuará depois da mobilização de 11 de julho como forma de garantir que a democracia e a liberdade de expressão sejam respeitadas. “Vamos continuar a organizar a classe trabalhadora para que, nas ruas, ela consiga que sua pauta seja atendida o quanto antes”, afirmou Antonio Neto.

O dirigente afirmou que os trabalhadores têm mostrado receptividade em relação ao Dia Nacional de Luta. “Temos feito panfletagem nas empresas, e os trabalhadores estão dispostos a se juntarem a nós”, pontuou.

A CSB já tem atos organizados em 14 estados, unindo as mais diversas categorias, como metalúrgicos; servidores públicos municipais, estaduais e federais; trabalhadores do setor de vestuário; da saúde; portuários; caminhoneiros; trabalhadores rurais; e motoboys.

As principais reivindicações da Central na manifestação serão:

• Fim do Fator Previdenciário;

• Jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial;

• Reajuste digno para os aposentados;

• Mais investimentos em saúde, educação e segurança;

• Regulamentação da Convenção 151 da OIT;

• 30 horas para profissionais de enfermagem;

• Transporte público de qualidade;

• Fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização;

• Reforma Agrária;

• Fim dos leilões do petróleo.

Segundo Antonio Neto, a manifestação de 11 de julho criou corpo e tem tudo para entrar para a história do cenário político nacional. “A manifestação tem cara, propostas concretas, e este momento é crucial para a luta dos trabalhadores. Faremos manifestações nos mais diversos locais pelo Brasil afora, e aqui em São Paulo concentraremos as ações na Avenida Paulista”, argumentou o presidente da CSB sobre a caminhada programada até a Praça da República.

Os dirigentes sindicais presentes à coletiva enfatizaram que o trabalhador que estava nas empresas no momento das outras manifestações agora vai sair às ruas mobilizado pelo chamado das centrais. “O ato de amanhã tem uma dimensão política e econômica importantíssima, e estaremos em todo o Brasil para reforçar a luta pelos direitos dos trabalhadores do País”, concluiu Antonio Neto.

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