Encontro Nacional de Técnicos Agrícolas reuniu trabalhadores e especialistas para discutir as pautas relevantes da categoria
Entre os dias 6 a 9 de agosto, aconteceu em Salvador o 29º Encontro Nacional de Técnicos Agrícolas. O evento foi promovido pela Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (FENATA) em parceria com o Sindicato dos Técnicos Agrícolas da Bahia (SINTAG-BA), com o apoio da CSB, e debateu temas como o futuro da profissão e o Plano de Ação Nacional da categoria.
No dia 8, Antonio Neto participou do evento traçando um panorama do movimento sindical, além de trazer ao debate temas sobre o atual momento político brasileiro permeado pelas recentes manifestações. “A formação dos sindicatos é fundamental. Não importa o tamanho da entidade, e sim a força que ela pode agregar para construir uma luta sólida pelos direitos dos trabalhadores”, afirmou .
O presidente da CSB também falou sobre a importância da juventude e a necessidade de se formarem novos dirigentes sindicais, relembrando os protestos realizados pelos jovens em todo o Brasil. “A juventude está pedindo formação política, e é dever dos mais experientes transmitir esses conhecimentos”, defendeu.
Para ele, a pauta trabalhista precisa se manter viva no Brasil. “É necessário reduzir a jornada de trabalho para que o trabalhador também tenha acesso ao lucro do aumento da produtividade”, reiterou.
Neto finalizou seu discurso ressaltando o apoio da CSB à FENATA e aos sindicatos filiados. “O que a CSB puder fazer pelos técnicos agrícolas, ela vai fazer”, concluiu.
A Central também foi representada no evento pelo secretário-geral Alvaro Egea e por Marcelo Gonçalves, secretário nacional da Juventude da CSB.
Trabalhadores Agrícolas em pauta
O encontro da FENATA reuniu técnicos e interessados na área agrícola do Brasil para discutir as pautas relevantes da categoria que afetam diariamente a produção e a vida do trabalhador do campo. Os participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestras, debates, oficinas de trabalho, exposições e debater temas como a inserção do técnico agrícola como empreendedor; a assistência técnica e extensão rural no Brasil; o cumprimento das atribuições profissionais; piso salarial para os técnicos agrícolas e o licenciamento ambiental.
A supervisora técnica do Dieese na Bahia, Ana Georgina, também esteve presente no encontro e falou sobre a questão salarial. “Só agora, com o trabalho das centrais sindicais e a conjuntura econômica, é que o salário mínimo passou a se valorizar. Ele ficou desvalorizado durante 65 anos”, afirmou.
O diretor de assuntos parlamentares da CSB e presidente da FENATA, Mário Limberger, lembrou ao público presente o formato diferenciado de militância da Central e a atenção que ela dá às entidades filiadas. “A CSB se destaca do contexto das demais centrais sindicais porque tem a ideologia de defender e dar atenção especial às categorias diferenciadas”, ressaltou.
Marcelo Gonçalves destacou o papel das centrais na luta dos trabalhadores. “A CSB valoriza as instituições e os quadros. Ela dá voz, acesso e poder de veto. A nossa central vai até a entidade, ouve o problema e traz os companheiros para abrir suas necessidades”, concluiu o secretário nacional da Juventude da CSB sobre o papel da Central na defesa dos técnicos agrícolas.