Sindicalistas permanecem com as ações diretas junto à população, que apoia a luta contra o fim da aposentadoria
Em busca de mais apoio na mobilização contra a reforma da Previdência, que acontece em Fortaleza na próxima segunda-feira (19), às 8h, na Praça da Bandeira, os dirigentes da Seccional Ceará da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) foram às ruas, na tarde desta quinta (15) e na manhã desta sexta-feira (16), e deram continuidade às ações de corpo a corpo com a população em três importantes pontos de passagem de trabalhadores: a estação do metrô da Praça José de Alencar, no centro da cidade, e nos terminais, Antonio Bezerra, onde passam cerca de 190 mil pessoas por dia, e Parangaba, que tem um fluxo de 184 mil passageiros diariamente.
A exemplo do que aconteceu no terminal do Siqueira, os populares foram receptivos aos dirigentes, e, além de tirarem dúvidas, fizeram diversas reclamações sobre a reforma da Previdência proposta pelo atual governo. Esperançoso, o presidente da Seccional Ceará, Francisco Moura, acredita que os trabalhadores estão descontentes e, por isso, devem apoiar o ato do dia 19.
Em defesa da Previdência, Seccional Ceará da CSB faz corpo a corpo com trabalhadores
“O povo continua receptivo com os dirigentes, e nesse diálogo ouvimos muitas reclamações em relação ao governo. Muitos trabalhadores falaram sobre a necessidade de tirar a população do marasmo e ir para as ruas. Este governo desmoralizado está fazendo o que quer e o povo está em uma certa comodidade, e isso, com certeza, tem que acabar. Estamos sentindo que este dia 19 será muito forte, com uma grande participação da classe trabalhadora, da juventude e dos movimentos populares”, disse Moura.
O dirigente, que também é vice-presidente da entidade nacional, acredita que apesar da campanha contra as entidades sindicais feita pela mídia e pelo governo, a população sempre está disposta a lutar pelos seus direitos, mas precisa de uma liderança.
“Eu acredito que os sindicatos estejam se reaproximando e se reagrupando junto às suas bases de trabalhadores, e isso traz de forma natural uma aceitação e credibilidade nas ações das entidades. Mesmo que a imprensa jogue contra, os trabalhadores estão se conscientizando que o sindicato é uma das poucas ferramentas de defesa que ele tem. Cada ação de maldade que o governo apresenta, a classe trabalhadora vai tomando consciência”, completou o presidente da Seccional, que também crê que o diálogo com a população deve ser permanente.
“Esse corpo a corpo deve ser usado não só nas próximas mobilizações, deve ser uma prática contínua dos dirigentes sindicais. Ir às portas das fábricas, ir aos terminais, pontos de táxis, escolas ou onde está o trabalhador é fundamental. As entidades precisam manter em seus calendários discussões, conversas, aproximações e diálogo com a sua base, independentemente de manifestações”, finalizou.