Em audiência com o vice-governador, Márcio Franca, dirigentes apresentaram as propostas da Central em defesa dos direitos dos trabalhadores
Nesta segunda-feira, 22 de junho, a diretoria da CSB esteve reunida, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para apresentar ao vice-governador do estado, Márcio Franca – e ao governo paulista – a Central e suas propostas em defesa dos trabalhadores. Este é o primeiro encontro após o reconhecimento formal da Entidade pelo Ministério do Trabalho e Emprego no início deste ano.
Participaram da audiência o presidente Antonio Neto, o vice-presidente, José Avelino Pereira (Chinelo), o secretário-geral, Alvaro Egea, o diretor de Organização e Relações Sindicais, Itamar Kunert, além de representantes de entidades filiadas à CSB.
Na ocasião, considerando o cenário de incertezas políticas e recuo econômico, os dirigentes destacaram a importância da organização da Central em São Paulo, estado que registra mais de 120 sindicatos filiados à CSB, para a construção de diálogo bipartite (governo e centrais sindicais) que priorize a resolução de pautas emergentes para população paulista. Entre elas o aumento da taxa de desemprego, que, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já registra o maior percentual nacional (8%) para o trimestre desde 2013. Analisando os primeiros três meses de 2015, o índice de desocupação no estado ficou em 8,5%, a pior marca desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), em 2012, quando a taxa para o trimestre foi de 7,8%.
Durante a audiência, a diretoria da CSB ainda pediu a participação da Central nos conselhos de relações de trabalho, igualdade de gênero e étnica. “A CSB foi aferida este ano e nós estamos reivindicando os espaços que a Central tem direito nos conselhos do estado de São Paulo, como o do Trabalho, da Previdência, da Saúde, da Mulher, entre outros. Queremos que o governador abra possibilidades para que indiquemos nossos representantes. O momento em que o País vive hoje, esta crise institucional, política e econômica, demanda que os atores sociais e políticos estejam em constante diálogo para que juntos possamos encontrar as possíveis alternativas”, afirmou Antonio Neto.
Para o vice-presidente, Chinelo, as expectativas após a audiência são otimistas, já que o governo se mostrou sensível ao diálogo com a Central. “Este momento foi importante especialmente por dois pontos, o primeiro delas é a própria apresentação da CSB após o formal reconhecimento pelo MTE, quando agora podemos participar ativamente dos conselhos importantes para o desenvolvimento do País. Segundo porque tocamos num ponto que assola a maior parte da força de trabalho, que é o desemprego, cujos índices são assustadores. Neste sentido, é fundamental discutir um plano nacional de emprego, e isto passa, necessariamente, pela defesa de um plano estadual. Sentar com o governo para buscar alternativas, como a frente de trabalho que resolve problemas pontuais, é elementar para retomar o crescimento do Brasil”, disse.
Já o secretário-geral, Alvaro Egea, ressaltou a relevância da aproximação ao fortalecimento da democracia. “Nós sugerimos que o governo ouça os sindicalistas, que faça um café da manhã com representantes do movimento e verifique quais são as nossas preocupações, como a questão da Previdência, do desemprego, as políticas de desenvolvimento para o estado, e ele se mostrou sensível. Acreditamos que este diálogo é essencial, afinal os governos democráticos têm que dialogar com a sociedade, com as forças políticas e com as forças sociais que são muito importantes para o Brasil”, ressaltou.
Ao final da audiência, em encontro com o governador Geraldo Alckmim, Neto reiterou o pedido à retomada do compromisso da administração do estado com o movimento sindical, quando a realização do “café da manhã” com o governador era uma ação periódica.