Desemprego no Brasil cresce e 1,1 milhão de brasileiros perdem o emprego

Dados do Caged são os piores para esses dois meses desde 1992

O Brasil fechou 1,1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada apenas nos meses de março e abril deste ano. Foi quando tiveram início as medidas de isolamento necessárias para conter o avanço do novo coronavírus, desemprego avança com falta de coordenação do governo

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia.

Em março e abril de 2020, houve 2.760.754 contratações e 3.085.927 demissões no país. Apenas em abril, foram fechados 860 mil postos de trabalho no Brasil, também pior resultado em 29 anos.

Já nos primeiros quatro meses deste ano, o país fechou 763.232 vagas com carteira assinada, outro resultado pior deste o início da série histórica. No mesmo período de 2019, o Caged registrou um saldo positivo de 313 mil postos. Em um ano, por conta da crise causada pela pandemia do coronavírus, as admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no Brasil.

Em março e abril, todas as categorias consideradas pelo Caged registraram mais demissões. O número foi puxado pelo serviços, que contou 458.766 vagas a menos. O número é seguido pelo comércio (296.056), indústria (223.516), construção civil (79.903) e agricultura (9,624).

Entre os estados, São Paulo puxou o resultado negativo do emprego. Foram 336.755 demissões. Na segunda pior posição, o Rio de Janeiro fechou 110.067 postos com carteira assinada em março e abril deste ano.

Segundo os dados do governo, o Brasil tinha, no fim de abril, 38 milhões de trabalhadores empregados com carteira assinada.

Dados atrasados

Essa é a primeira vez que os dados do Caged são divulgados desde o início da crise causada pelo coronavírus. As informações sobre empregados e desempregados não era divulgada desde janeiro deste ano, com dados relativos a dezembro.

Para atrasar a divulgação dos dados por quatro meses, o Ministério da Economia justificou uma a falta de prestação das informações sobre admissões e demissões por parte das empresas. Esses dados são de envio obrigatório e de responsabilidade das empresas.

Durante os meses, disse o ministério, as informações estavam sendo apresentadas com subdeclarações se concentram nos dados de desligamentos, o que poderia apresentar um saldo de emprego formal superior ao real.`

O Caged divulgadou nesta quarta-feira também é o primeiro após o preenchimento de informações da base de dados passar para o eSocial. Com a mudança, o cumprimento de 13 obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas fica centralizado em um só sistema.

O novo Caged também agrupou e setores da economia. Até dezembro passado, eram oito: Comércio, Serviços Industriais de Utilidade Pública, Extrativa Mineral, Administração Pública, Agropecuária, Construção Civil, Indústria de Transformação e Serviços.

Agora, os dados estarão na mesma divisão feita pelo IBGE. São eles: Comércio, Serviços, Indústria Geral, Construção Civil e Agricultura.

Fonte: O Globo (texto adaptado)

 

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