Pela primeira vez, a Central Sindical dos Profissionais (CSP) marca presença em um importante evento internacional. Organizado pela Federação Sindical Mundial (FSM), o II Congresso da Juventude Trabalhadora foi realizado nos dias 29 e 30 de abril, na cidade de Havana, em Cuba. Cerca de 200 militantes participaram de uma análise profunda da situação atual do jovem trabalhador, em meio à crise mundial.

Durante a conferência, os participantes comentaram a realidade vivida pelos trabalhadores nos quatro cantos do globo. Os países europeus falaram sobre o drama financeiro, político e social instaurado. A América Latina apresentou seus avanços dos últimos anos, como a nova lei de ampliação dos direitos trabalhistas na Venezuela e a nacionalização de uma petroleira na Argentina.
A central participou como porta-voz de um dos painéis. No início do discurso, Marcelo e Everton sintetizaram as transformações que o Brasil vem sofrendo no universo sindical. “As entidades estão a cada ano mais consolidadas. Hoje, temos nomes que são referências mundiais, como Antonio Neto, presidente da CSP e do sindicato de Tecnologia e Informação do Estado de São Paulo, o Sindpd”, pontuou Gomes.

Para finalizar, os representantes se dirigiram aos jovens, por meio de uma adaptação do lema da CSP. “Precisamos fortalecer a participação de quem está começando. Juventude sindical mais forte, mundo mais justo”.
O congresso ainda abordou outros assuntos. Todos os presentes concordaram em desenvolver ações a favor da sustentabilidade (como acesso à água potável, educação e saúde gratuita) e o reconhecimento do povo palestino. O conhecido caso “los cinco” também foi discutido. Trata-se de um grupo de cubanos que foram condenados pelos Estados Unidos por espionagem. Os participantes acreditam que os cinco homens devem ser soltos.
Primeiro de maio

De acordo com Marcelo, a viagem a Cuba é essencial para aqueles que militam no sindicalismo e acreditam no socialismo. “Aqui pude reafirmar convicções, presenciar a capacidade de um povo que, mesmo com o covarde massacre econômico imposto pelos EUA, é capaz de oferecer uma estrutura social digna, com educação, saúde e segurança. Um tapa na cara do capitalismo selvagem que tentam nos impor. A revolução está mais viva do que nunca em cada criança cubana bem nutrida e educada”.
Ao final do congresso, Everton faz uma reflexão sobre os três dias. “Tivemos uma experiência maravilhosa de troca de informações. Esse foi o espaço de discutir, refletir e sugerir soluções. Percebemos que as dificuldades encontradas pelos jovens, como escassez de vagas e condição insalubre de trabalho, não são exclusividade do Brasil, mas se repetem nos cinco continentes”, pontuou Gomes.
A CSP foi oficialmente convidada pela executiva da Juventude da FSM para participar de uma extensão regional da conferência, que será realizada nos dias 29, 30 e 1 de julho, na Argentina. A entidade vai estrear como membro efetivo da federação.
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