Diretoria da Central participou de reunião de Frente Parlamentar do setor elétrico na Câmara dos Deputados
A diretora da CSB e presidente do SISIPSEMG, Maria Abadia de Souza, marcou presença nesta terça-feira (8) em reunião de relançamento da Frente Parlamentar Federal em Defesa do Setor Elétrico da Câmara dos Deputados. O objetivo do encontro, promovido pela deputada Érika Kokay (PT-DF), foi discutir ações contra a privatização de hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais.
Em discurso, a dirigente reafirmou o compromisso da CSB com a causa. “Energia não é mercadoria, é vida. Isso influencia diretamente na vida de todos, do trabalhador, do consumidor, de toda a população. É essencial. Nós já entregamos o minério de ferro, o nióbio a preço de banana. Então, agora vai entregar a energia e a água também?”, questionou.
Na tentativa de impedir a privatização, a Central somou forças com a Frente Mineira de Defesa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), primeiro grupo a promover atos em prol das hidrelétricas de São Simão, Jaguara e Miranda, localizadas no triângulo mineiro. A Frente é encabeçada pelo deputado estadual Rogerio Correia (PT-MG).

Ainda nesta terça-feira, segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o edital de leilão das hidrelétricas da Cemig. Para seguir, a licitação ainda precisa de decisões judiciais e do Tribunal de Contas da União (TCU).
“Na verdade, eles estão antecipando o leilão preocupados com movimento da frente Mineira de Defesa da Cemig e da frente parlamentar”, afirmou a presidente do SISIPSEMG.
No entendimento da deputada Érika Kokay, “a privatização do setor elétrico vai penalizar a população de baixa renda, e ela coloca em ameaça o próprio desenvolvimento nacional”.
A parlamentar Jô Moraes (PCdoB-MG) frisou a necessidade de promoção de diversos atos pelo Brasil com apoio de deputados.
Como parte do conjunto de ações, a Frente Mineira reuniu-se no começo da noite ainda da terça-feira com o ministro do STF José Antônio Dias Toffoli. O grupo produzirá manifesto em defesa da Cemig.
Entenda o caso
Segundo informações da FESERP-MG, há vinte anos, a CEMIG firmou contrato de concessão de geração de energia com o Governo Federal das três hidrelétricas. De acordo com o documento, caso fizesse ajustes para adequação das operações, a empresa teria direito à renovação da concessão por mais vinte anos, o que foi cumprido. Porém, o governo brasileiro desconsiderou o contrato e agora busca a privatização. Se aprovada, a manobra vai reduzir 50% o patrimônio da companhia.







