Representantes de diversas categorias puderam aperfeiçoar suas ferramentas de luta pelos direitos dos trabalhadores
Realizado entre os dias 21 e 23 de novembro em Belém, no Pará, o curso Estrutura e processo da Negociação Coletiva foi ministrado por técnicos do Dieese, em parceria com a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), aos dirigentes dos sindicatos filiados do estado. O curso contou com a participação de cerca de 20 dirigentes de sindicatos paraenses, que representam as trabalhadoras domésticas, os empregados em clubes recreativos, técnicos agrícolas, comércio hoteleiro, asseio e conservação, empregados em conselhos profissionais, servidores fazendários, mestres marítimos e operadores portuários.
Alvaro Egea, secretário-geral da CSB, fez a abertura do evento dando boas-vindas aos participantes e agradecendo a Raimundo Alcidete de Lima pelo empenho na organização do curso que faz parte de uma política da CSB de formação dos dirigentes sindicais nas técnicas de negociação coletiva, visando buscar avanços nas conquistas para os trabalhadores.
Aprimoramento e dinamismo para os dirigentes
No primeiro dia do curso foram apresentados aos participantes o conceito e o processo de negociação coletiva. Palestras sobre o comportamento e a argumentação da negociação, aspectos teóricos e práticos da argumentação, além do planejamento de campanha ‑ estratégia e tática ‑, fizeram parte do segundo dia. A programação foi encerrada no dia 23 com informações sobre o espaço do acordo, seguida por uma avaliação dos participantes sobre o curso.
Para Alvaro Egea, o curso teve influência significativa para o trabalho dos dirigentes. Ele elogiou a presença de muitos sindicatos no evento, ressaltando que o curso fortalece ainda mais a classe trabalhadora e a capacidade de negociação especializada de seus representantes. “Este curso faz parte de uma política da Central de Formação dos dirigentes sindicais nas técnicas de negociação coletiva para, com isso, buscar avanços nas conquistas para os trabalhadores”, reforçou destacando, ainda, a metodologia de aplicação do curso, que aborda além da teoria, muito treinamento e simulações de situações reais.
Entre os temas debatidos está a nova redação da Súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determina que as cláusulas dos acordos e convenções coletivas de trabalho passam a valer até a conclusão de uma nova negociação. “O conteúdo do curso é muito pertinente para os dirigentes sindicais e mostra que a CSB tem um perfil de atuação diferenciado”, explicou Alvaro Egea ressaltando que alguns dirigentes vieram de cidades longínquas do Pará. “Alguns viajaram durante 17 horas somente para participar do curso”, reiterou.
A importância do curso na reivindicação dos direitos dos trabalhadores
O coordenador da CSB no Pará, Raimundo Alcidete de Lima, disse que o curso foi um dos eixos de toda a atuação da CSB no estado e uma das formas como a Central amplia sua credibilidade. “Nenhuma central do Pará teve esta iniciativa de fazer o que a CSB fez, um curso que todo o movimento sindical daqui carecia”, afirmou Alcidete sobre a grande procura dos sindicatos pela CSB.
Ronaldo Silva, presidente do Sindicato dos Mestres em Transportes Marítimos do Estado do Pará, participou do curso e disse que os três dias do evento serviram para fortalecer o poder de negociação dos dirigentes sindicais. “O curso foi importante também para divulgar o trabalho da CSB junto aos trabalhadores”, explicou.
A realização do curso foi um marco para os dirigentes sindicais e para a CBS no Pará. “Mostrou realmente que a Central cumpriu a sua palavra e seus compromissos, aumentando o número de filiações no estado”, comentou Alvaro Egea. Ele esclarece ainda que a CSB, por meio de sua coordenação estadual, estendeu o convite do curso para entidades sindicais amigas, não filiadas, demonstrando que a Central é uma instituição democrática, aberta e participativa.
“Este curso também é o cumprimento da palavra do presidente Antonio Neto, que, em reunião com os filiados em agosto, em Belém, afirmou que a CSB organizaria o curso para os filiados”, finalizou Alvaro Egea.