CSB pede apoio ao deputado Leonardo Picciani contra o fim da profissão de técnico em contabilidade

Em reunião com o parlamentar, a Central também debateu os efeitos das MPs 664 e 665

As ações da CSB em Brasília seguem no dia de hoje, 4 de março, com uma reunião entre os dirigentes da Central e o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados. Além de debater as consequências das MPs 664 e 665, a CSB pediu o apoio, a intervenção e a articulação de Picciani na bancada da legenda para resolver a questão do fim da profissão de técnico em contabilidade.

Antonio Neto expôs ao parlamentar a grave situação dos contabilistas, categoria que está sofrendo com as consequências do Artigo 12 do Decreto-Lei 9295/46, que determina somente aos bacharéis em Ciências Contábeis o exercício da profissão e o registro no Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Segundo o presidente da CSB, a lei foi inserida, de maneira equivocada, numa Medida Provisória e representa uma sistemática ameaça ao futuro da profissão. “Esta lei vai acabar com 200 mil postos de trabalho, além de ir contra o Pronatec, que assegura aos jovens a formação para obter o primeiro emprego”, criticou Neto.

Leonardo Picciani se comprometeu a debater e levar a posição da CSB para a bancada do partido, bem como discutir profundamente o tema, a fim de encontrar uma solução para evitar o fim da profissão. No que diz respeito às Medidas Provisórias sobre o seguro-desemprego e abono salarial, o líder do PMDB na Câmara também se dispôs a levar à bancada os efeitos das MPs na vida dos trabalhadores, com o objetivo de conter o corte de direitos.

“Precisamos, de fato, do apoio de todos os parlamentares comprometidos com a classe trabalhadora para impedir que o retrocesso se estabeleça sobre o direito ao seguro-desemprego”, disse Antonio Neto.

CNBB reúne centrais e movimentos sociais para discutir ações contra as MPs 664 e 665

Em Brasília, CSB promove ações na capital federal contra medidas que restringem os direitos trabalhistas

Realidade preocupante

Para conter os efeitos do Artigo 12, a CSB e seus dirigentes contabilistas têm encampado ações nas mais variadas instâncias do poder. Audiências públicas no Congresso e na Assembleia Legislativa do Rio, reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, além de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal foram feitas para defender a profissão.

“Muitos cursos estão fechando e muitos jovens não estão tendo a oportunidade de se formar por conta desta lei. Isso não ajuda ninguém, apenas atende ao lobby de algumas faculdades de contabilidade e deixa milhares de trabalhadores à mercê de interesses financeiros. Esta regra vai cercear o acesso das pessoas ao exercício de uma profissão que está normalmente legalizada no País e funcionando”, completou o presidente da CSB.

Veja a cobertura da Central sobre a defesa da profissão de técnico:

Contabilistas lutam contra o fim da profissão de técnico

CNPL protocola Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei que extingue profissão de técnico em contabilidade

Audiência pública defende profissão de técnico em contabilidade

CSB aprova mobilização em defesa da profissão de técnico em contabilidade

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