Reunião entre as centrais sindicais discutiu os principais temas do evento. As entidades propuseram também a realização do Fórum Social Mundial no Brasil
Na manhã de ontem, 8 de janeiro, a CSB e as centrais sindicais se reuniram em Salvador para debater a organização do Fórum Social Norte-Nordeste. O evento será realizado na capital baiana – entre 4 e 6 de maio – e discutirá alternativas para a realidade social das duas regiões brasileiras.
Durante o encontro, os representantes das entidades iniciaram a construção de uma pauta com os temas a serem discutidos no fórum. As condições de vida e trabalho dos habitantes do Norte e do Nordeste, os casos de trabalhos análogos à escravidão, a miséria – entre outros assuntos -, formam a base da proposta temática do evento.
Além disso, a comissão pretende pleitear a realização do Fórum Social Mundial no Brasil antes de 2017, ano para o qual o País já é candidato a sede.
Marcos Rogério Barbosa dos Santos – secretário nacional adjunto da juventude da CSB e presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Salvador e Região (SINTMOV) – representou a Central e reiterou a importância da realização de um fórum específico para as duas regiões mais pobres do Brasil.
“Levaremos a pauta para o governador [da Bahia] Jaques Wagner. Com esse evento, poderemos discutir assuntos urgentes para a sociedade e para os trabalhadores”, afirmou o dirigente.
Está marcada para o dia 15 de janeiro uma nova reunião, que concluirá os temais centrais do fórum e a relação dos palestrantes convidados.
Fórum Social Mundial (FSM)
Realizado anualmente desde 2001, o FSM é um espaço de debate democrático de ideias, reflexão e formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital. As três primeiras edições aconteceram em Porto Alegre (RS).
Para Marcos dos Santos, a participação do movimento sindical no Fórum Social Mundial representa o fortalecimento das lutas das entidades pela classe trabalhadora. “Os sindicatos não atuam somente junto ao trabalhador, mas também com o lado social do mundo, lutando para acabar com a miséria no planeta”, destacou.
“Infelizmente, ainda presenciamos no Brasil o descaso nas áreas sociais. Assim, eventos como o FSM ampliam os horizontes de debate e atuação para a solução dos problemas. O fórum atrai o mundo inteiro para discutir essas mazelas”, completou o secretário da CSB.