Vice-presidente da Central, Diany Dias, participou ativamente da marcha pelas ruas da capital cuiabana, que reivindicou os direitos da categoria
“Uma brava minoria de garra gritou pelos direitos de uma multidão inerte.” Este foi o resultado da Paralisação Nacional desta quinta-feira (11), realizada na Praça do Monumento Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, cujo movimento seguiu ação das Centrais Sindicais do Brasil, e no caso do Sintap, da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB.
Pela quantidade de servidores públicos estaduais lotados na capital cuiabana, um contingente ínfimo esteve presente desde as 13h00 e acompanhou a passeata ao fim da tarde, com encerramento à noite em frente à Assembleia Legislativa. Na Casa de Leis, portas fechadas, e do lado de fora era possível ver policiais militares fazendo barreira na entrada, dentro do recinto. A presidente Diany Dias e os representantes sindicais do Fórum Sindical presentes conduziram a manifestação até o final com o mesmo gás que iniciaram suas ações dias antes do Ato Público. A Polícia Militar e os agentes de trânsito “amarelinhos” também foram presença marcante que mantiveram o evento pacífico e organizado na praça e na avenida.
Não faltou divulgação e clamor à participação pública através da mídia, e em Cuiabá, a presidente do Sintap-MT, Diany Dias, indo pessoalmente à véspera do manifesto em cada segmento do sistema agrícola, agrário e pecuário de Mato Grosso, e em visita às salas o pedido ao servidor que participasse da manifestação. Se a gestora sindical e alguns diretores da entidade – e não menos, também o Fórum Sindical – fossem expressar em palavras como avaliaram essencialmente a postura da maioria dos servidores públicos estaduais, discorreriam inúmeras páginas de um desabafo contido, sufocado por sentimentos de orgulho pela postura aguerrida dos poucos presentes e de tristeza ante a inércia de muitos ausentes.
Todos, pelos quais a diretoria do Sintap, um grupo também de trabalhadores que ergue uma gigante bandeira que clama por tudo de melhor aos seus representados, luta diária e incessantemente – e não pretende desistir de lutar – sem medir esforços e consequências ante aos gestores governamentais.
Por outro lado, a certeza de que a gestora sindical não está sozinha, pela presença firme de membros de sua diretoria no movimento, dos companheiros do interior do estado, seja da esfera pública ou privada, que também cumpriram seu papel a princípio com dignidade, porque lutaram em causas próprias em prol de uma vida mais digna, bem como responsabilidade, companheirismo e consciência de que o Brasil precisa ser um país melhor para uma sociedade que lhe dá todo seu suor, e principalmente pela minoria forte e grandiosa de servidores que não se furtaram à bravura de gritar contra a corrupção e o sucateamento do serviço público.
Diany Dias se fortaleceu com a presença de quem mostrou sua cara limpa e ávida por transparência, justiça e fichas-limpas nos poderes, por igualdade social na massa da sociedade e a valorização ao servidor público, e um salário digno, até mais do que o próprio Sintap já garantiu a seu servidor.
“Em nome do diretor Filogênio Rocha, os delegados Joaquim Julião e a Oscarlina, assim como outros membros da diretoria, que por não residirem em Cuiabá não puderam estar no movimento, mas certamente atuaram em prol deste em suas localidades, queremos parabenizar a todos, seja os manifestantes presentes ou o interior do estado, em cada delegado e subdelegado do Sintap que mobilizou o pessoal, bem como os servidores em geral que entenderam o propósito maior da Paralisação Nacional, e inclusive a solidariedade da iniciativa privada, pois Mato Grosso ‘fechou e parou’ para fortalecer esse movimento que só aconteceu em prol de uma sociedade mais justa, com essência na luta pelo servidor público.
Nós do Sintap somos gratos pela ação de cada um em Cuiabá ou no interior, àqueles que saíram de cidades vizinhas e vieram para a capital cuiabana gritar com os manifestantes daqui, com atitudes honrosas que mostram a força de um povo aguerrido que sabe o que é ir à luta em busca de seus direitos.
Ficamos tristes sim, pelos que não se fizeram presentes, principalmente a maioria dos servidores públicos, porque mesmo com a manifestação paralela que aconteceu na região central, a nossa tinha foco principal nos servidores que representamos. Mas tenho que reforçar o que lá ouvi do colega Filogênio, e que me atenta ainda mais para uma suscetível realidade nos movimentos: “como sempre, os de sempre estiveram presentes”, e quiçá se pudermos abranger totalmente esses ‘de sempre’ neste contexto, pelos tão poucos que ali foram; e ainda, a divina mensagem eternizada dita por Joaquim Julião: ‘onde dois ou mais companheiros estiverem reunidos lá eu estarei’; o que ratifica os lemas do Sintap: ‘onde há fé em Deus, força de vontade e união, o sucesso se faz presente’; reforçado por ‘quem sabe faz a hora não espera acontecer’; e consumado com ‘o Sintap somos todos nós’.
Sim, ‘seremos sempre todos nós, juntos’, seja em minoria ou maioria, porque o Sintap se faz em ‘todos aqueles que não fugirem à luta’, pois estes, em muito ou pouco contingente, fortalecerão como uma ‘rocha’ essa entidade, pela força maior que há em Deus, o ‘rochedo vivo’ que persiste em cada guerreiro do sistema agrícola, agrário e pecuário e que ‘basta’ para prosseguirem essa caminhada!
Obrigada, companheiros, por esse apoio que não se dimensiona, pelo gesto humano e grandioso que ele representa e que faz toda diferença num meio que exige lealdade e atuação em presença constante, porque a qualquer governo temos que estar em permanente vigilância, para garantir à sociedade que também é permanentemente vigiada pelos olhos governamentais, todos os frutos que lhe é de direito.
Acredito veementemente que a verdadeira união se faz em estarmos literalmente unidos, mesmo nesses dois ou poucos mais companheiros que já nos fizeram sentir imensamente agradecidos por estarem conosco neste dia marcante para a história de cada um e do Sintap”, desabafou a gestora sindical.
Quanto ao Fórum Sindical, a presença dos representantes sindicais das entidades que participaram de diversas reuniões na sede do Sintap com a presidente Diany Dias. Como se clamassem não só aos que transitavam na avenida, mas aos que se acomodaram em seus postos de trabalho ou em suas residências nos prédios vizinhos, os representantes do Fórum Sindical subiram no carro de som e reforçaram o que os participantes protestavam à beira da avenida através das faixas. Os protestos ecoavam nos gritos dos sindicalistas presentes do Sintap – Diany Dias, Sinterp – Gilmar Brunetto, Sindspen – João Batista, Assof – Major Wanderson Nunes, Siagespoc – Anibal e Cledison, Sinpp – Idejair, Sindepojuc – Genima Evangelista, Sinpaig – Edmundo César, Assinfra – Benedito e outros representantes de entidades que ainda não fazem parte do fórum, mas já demonstraram o interesse de aderir, bem como alguns cidadãos como os senhores que se nominaram “Fernando Cearazinho” e “Ceará”, os quais representaram a sociedade reforçando as mazelas governamentais e os direitos sociais dos contribuintes brasileiros.
Em se tratando dos servidores presentes, na manifestação houve quem não se cansasse de erguer as faixas de protesto, trocando frequentemente os temas para mostrar as reivindicações, as quais não competiam apenas aos manifestantes, mas a todos os servidores públicos e à sociedade como um todo, inclusive aos próprios participantes que reunidos na praça quase pisavam nas inúmeras faixas estendidas no chão e se quer se moviam em prol de si próprios, ou seja, de seus anseios enquanto servidores públicos ou mesmo cidadãos brasileiros, numa atitude que fosse no mínimo solidária, de se unirem também com os braços erguidos estendendo os letreiros contra a corrupção e o sucateamento do serviço público.
Veja a galeria de fotos da paralisação dos servidores públicos no Mato Grosso
Fonte: Sintap – MT
Alexandra Araújo/Sintap-MT