CSB debate trabalho infantil em seminário de Presidente Prudente

Diretoria da Central integra Fórum que luta para acabar com a modalidade ilegal

 

 

O 1º secretário de Organização e Mobilização da CSB, Paulo Oliveira, participou do “Seminário Trabalho Infantil: Busca Ativa, Abolição Já”, realizado nesta terça-feira (11), em Presidente Prudente, município localizado no interior paulista. O evento foi marcado pela apresentação de pesquisa inédita do raio-x do trabalho infantil na cidade.

De acordo com o levantamento da Faculdade Toledo, custeada com verbas públicas, atualmente, em Presidente Prudente, há 241 casos de trabalho ilegal de crianças e adolescentes. Destes, 52 casos envolvem crianças de 05 a 10 anos. O compilado também demonstra que há 530 trabalhadores aprendizes ou estagiários regulares. Na avaliação de Oliveira, a apuração é positiva porque possibilita verificar a verdadeira realidade da região, que não foi devidamente registrada em outras pesquisas.

O seminário foi resultado de debates já realizados pelo Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Presidente Prudente e Região. “Agora cabe ao Fórum fazer análises dos números. A minha sugestão é que os dados apresentados sejam confrontados com órgãos especializados em inserção de jovens no mercado de trabalho para ver se os números coincidem”, afirmou o 1º secretário de Organização e Mobilização, que também é conselheiro do Fórum.

De acordo com o dirigente, o objetivo do Fórum é construir políticas públicas por meio da atuação de diversos atores da sociedade, como o Ministério Público, o Ministério do Trabalho, assistência municipal e sindicatos. “Toda a sociedade envolvida para traçar metas e estancar a geração do trabalho infantil”, frisou.

Coordenado pelo juiz do Trabalho José Roberto Dantas Oliva, o Fórum pretende acabar com qualquer tipo de trabalho infantil até 2020. “A meta é ambiciosa porque o trabalho infantil se dá em várias condições, inclusive dentro de casa, dentro do negócio familiar”.

Na avaliação de Paulo Oliveira, a modalidade ilegal está enraizada na cultura brasileira. “Muitas vezes, as pessoas pensam que é melhor trabalhar do que ficar na rua. A criança precisa estudar e brincar para ter formação psíquica e pessoal para estar preparada quando entrar no mercado de trabalho”, pontuou o representante da CSB. “É uma missão que passa pelo enfrentamento e pela conscientização”, afirmou.

 

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