“Qualificar para Pescar” pode beneficiar cerca de 400 trabalhadores da região
No dia nacional do pescador (29), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) firmou convênio de capacitação profissional com a colônia de pescadores Z40, das cidades de Xangri-lá e Torres, litoral norte do estado gaúcho. A oficialização e assinatura do convênio aconteceram na sede da colônia e contaram com a presença de diversas autoridades do estado e do município.
Intitulada “Qualificar para Pescar”, a iniciativa deve beneficiar aproximadamente 400 pescadores da região, que terão cursos de diversas áreas do conhecimento.
Para o presidente da colônia, Leandro Miranda, esta será uma importante oportunidade para a troca de informações e capacitação dos pescadores.
“O convênio vem com um propósito de capacitação para os pescadores da colônia. A grande importância será a troca de informação, que acho que é fundamental para quem exerce uma profissão e que tem um valor agregado, que é a produção de serviço. É importante que tenham essa manutenção de informação e a reeducação da prática, ” disse Miranda, afirmando que as atividades têm previsão de início para julho, com o curso de capacitação de mecânica em motor de popa.
O representante da colônia garantiu que outras temáticas serão abordadas, além das discussões sobre os desafios da pesca artesanal.
“O principal eixo deste trabalho é a subsistência e sustentabilidade, como falar sobre as espécies e o regime familiar da pesca artesanal. Queremos fazer uma grade de cursos que venha ao encontro do exercício da pesca artesanal. Queremos falar de boas práticas, reeducação ambiental e falar da saúde dos pescadores”, finalizou Miranda.
A tesoureira da Seccional Rio Grande do Sul da CSB, Terezinha Arnould, acredita ser importante inserir o movimento sindical em uma categoria tão abandonada pelo poder público.
“Existem poucos projetos que visam dar assistência para esta categoria. Eles têm o auxílio-pescador, mas poderiam ser preparados para exercer outro trabalho durante a época da piracema. Queremos prepará-los para outras atividades e para não precisarem depender da verba do governo para sobreviver. Queremos começar um trabalho pequeno, mas que daqui um tempo vire modelo. Eles precisam ser preparados para gerir algo”, falou a dirigente.