CSB apoia a mobilização nacional da Polícia Federal

Entidade tem trabalhado junto com a Fenapef para que haja diálogo com o governo e as reivindicações sejam atendidas

A CSB manifesta apoio à luta e à mobilização pelo reajuste salarial, pela criação de um plano de carreira e melhores condições de trabalho dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal. O salários da categoria não é reajustado há sete anos, e a defasagem acumulada no período chega a 45%. A paralisação da Polícia Federal entra no terceiro dia; já são 72 horas de manifestações em Brasília e em todos os estados.

Segundo Flávio Werneck, vice-presidente da CSB, diretor da Fenapef e presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF),  a CSB vem sendo uma grande parceira na luta dos policiais federais, dando todo o apoio, abrindo a agenda e auxiliando na análise política. “Esse apoio é fundamental para que cheguemos a um denominador comum com o governo e para conseguirmos resolver o problema. Esse respaldo, seja político ou dentro do movimento, é essencial”, avalia.

A luta dos policiais federais começou em 2012, e, passados dois anos, o Governo Federal não apresentou nenhum posicionamento ou acordo que fosse favorável à categoria.  No entanto, em novembro de 2013, a CSB conseguiu organizar um reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, para que o diálogo fosse mais aberto e direto com a Presidência. “Essa abertura que a CSB, junto com Antonio Neto, conseguiu foi fundamental para que a nossa voz começasse a ser ouvida pelo governo. Não importa quantos anos demore, não iremos desistir. Não somos invisíveis e não podemos ser ignorados pelo poder público. A população está conosco e defende a nossa causa”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef-MG), Rodrigo Porto, que está em Brasília com 100 policiais representando o estado. Em Minas Gerais,  70% da categoria está em greve.

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Também está em Brasília o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo (SINDPOLF-SP), Alexandre Sally. De acordo com o dirigente, a possibilidade de o governo oferecer um acordo que seja positivo para a classe é grande. “Nossa paralisação tomou corpo, e a cada nova manifestação ficamos mais dias parados. Dessa vez foram três, na próxima ficaremos quatro dias, e se não chegarmos a um consenso ficaremos até um mês parados se for necessário. Virou uma questão de honra. Ou conquistamos o que merecemos, ou o  Brasil vai parar”, ressalta.

Para Alexandre Cavalcanti, presidente da  Fenapef  e do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Norte (SINDPOLF-RN), a conscientização da população sobre a importância das ações da PF é o que vai contribuir  para  que as reivindicações da categoria sejam atendidas. “A sociedade desconhece as atribuições da Polícia Federal, mas nós somos os responsáveis pelo controle do tráfico de drogas e de armamento, não só em áreas de fronteiras, como dentro dos estados. No Rio Grande do Norte, com apoio da CSB, estamos trabalhando na conscientização para que a sociedade entre junto com a gente nessa briga”, destaca.

O presidente da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP-MG) e diretor da CSB, Cosme Nogueira, representou Central na manifestação em prol da PF.  “Estamos totalmente solidários com os policiais federais, que vivem um momento gravíssimo. A Polícia Federal precisa ser reestruturada e de mais investimentos. Apoiamos a luta dos trabalhadores por abertura de concurso público, pelo fim do assédio moral e contra a defasagem salarial, além de outras reivindicações”, listou o dirigente.

Leia aqui a matéria sobre a mobilização em Brasília.

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