Após a Copa do Mundo, a crise do setor automobilístico afeta empresas no interior paulista
O Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região inicia, a partir desta segunda-feira (04), uma série de assembleias com funcionários e reuniões com a direção de empresas do setor de peças automotivas para discutir os caminhos a serem seguidos em virtude da grave crise que atinge o setor automobilístico do país.
Estatísticas indicam que no mês de julho, em comparação com o mesmo período de 2013, as vendas de veículos novos caíram 6,7% em todo o Brasil. Em junho, a situação foi ainda pior, com redução de 17,4% se comparada com o mesmo mês no ano passado.
“Esta crise nos coloca em alerta, pois se as montadoras deixam de vender, elas deixam de comprar peças produzidas pelos metalúrgicos que representamos. Isso nos gera preocupação, pois é sempre nesta ponta que estouram as demissões em massa”, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região, Igor Tiago Pereira.
Para o diretor financeiro da entidade sindicato, José Avelino Pereira, o Chinelo, o momento é de negociação. “Vamos dialogar com as empresas para evitar, ao máximo, as demissões. Para isso, estamos dispostos a conversar sobre todos os caminhos possíveis a serem seguidos, para que os trabalhadores não percam os seus empregos”, afirma.
Segundo Chinelo, a crise no setor automobilístico começa a ser sentida de forma mais acentuada após a realização da Copa do Mundo. “Estamos num ano bastante atípico, pois tivemos o carnaval, que naturalmente gera um esfriamento da economia no país e, mais recentemente, a competição internacional de futebol, sem falar que ainda teremos eleições”, diz. “A copa foi um feito importante para o país, pois ela aqueceu a economia no lado do turismo, só que a está afetando de outro, no nosso caso o setor automobilístico, uma vez que caíram consideravelmente as vendas de carros novos. O que atinge diretamente as indústrias da nossa região, responsáveis pelo fornecimento de peças para as grandes montadoras que atuam no Brasil”, avalia.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região