Assembleia aprova por unanimidade a confecção de documentos, abaixo-assinados e uma comissão especial integrada por trabalhadores da Dataprev
Vai ter luta! Na manhã da última sexta-feira, dia 11, foi realizada em frente ao prédio da Dataprev, a assembleia entre os diretores do Sindpd e os funcionários para definição dos próximos passos a serem tomados diante o quadro de privatização da empresa. Todas as medidas foram aprovadas por unanimidade.
A assembleia contou com a participação de mais de 60 trabalhadores da Dataprev e foi concluída com uma série de ações que terão continuidade pelos próximos meses:
1. Elaborar um documento que evidencie a importância da Dataprev para a sociedade e que também afirme a necessidade da manutenção da mesma enquanto pública;
2. Elaborar um documento a ser encaminhado aos deputados, senadores e vereadores eleitos pelo estado de São Paulo, para que haja engajamento desses representantes;
3. Que o documento do item 2 seja distribuído a nível estadual e nacional pelo Sindpd e também pela Feittinf e CSB, assim agregando outros sindicatos, outras centrais sindicais, federações e confederações;
4. Junto desse documento criar um movimento nacional e um abaixo-assinado para que a sociedade se mobilize com a finalidade é unificar e fortificar essa luta.
Com o microfone aberto para que todos pudessem se manifestar ou dar sugestões, Rodolfo Machado, funcionário da Dataprev, propôs a criação de uma comissão encabeçada por também funcionários da Dataprev. “Que a gente possa ter uma comissão mínima, porque precisamos também de iniciativas individuais, grupos distintos, para a gente ajudar a replicar as informações” disse. A assembleia nomeou cinco trabalhadores, que terão atividades acerca de ações de conscientização e popularização da luta contra a privatização.
Rodolfo Machado ainda aproveitou a oportunidade para expor sua opinião, ele disse: “não preciso falar muito, nós somos contra a privatização, queremos a Dataprev pública e democrática. Privatizando a empresa, quem vai pagar pelo serviço privatizado? Nós ainda, a sociedade, o aposentado. Quem vai pagar o serviço de Estado, o benefício do aposentado? É uma obrigação do Governo, mas somos nós que vamos pagar”.
Eduardo Galvão, também funcionário, usou o microfone para afirmar ter aderido à ação, “estou pronto para apoiar e acompanhar, precisamos começar a construir, vamos distribuir alguns panfletos, não só internamente. Precisamos achar um caminho agora para podermos divulgar a nossa insatisfação com o que o Governo está querendo fazer com esse desmonte”, disse. Já o trabalhador Odilon Lima disse complementando a fala de Galvão: “vamos tentar conscientizar todos os colegas que não participam, pois vamos todos sentir na pele com a privatização”.
Os diretores do Sindpd, Paulo Roberto de Oliveira, Elisa Lorenzini, José Hamilton Brandão, Antonio Randolfo das Neves, Maria de Lourdes Claro e Waldir Ferreira de Souza, estiveram presentes na assembleia e propuseram todas as ações conjuntas além de escutarem todos que se prontificaram a falar.
Para o diretor Paulo Roberto o grupo precisa crescer mais. “Convocamos os companheiros para participar e fazer uma programação contra a privatização, temos que envolver a sociedade. Hoje percebemos que esse movimento cresceu mais, mas precisamos ter a convicção, se queremos um movimento forte tem que ter 100% dos trabalhadores aqui do lado de fora. Vamos discutir aqui na assembleia como integrar a sociedade, então essa deve ser uma assembleia de comprometimento e levar essa discussão para ganhar apoio, senão vamos fortalecer ainda mais a tese da privatização” afirmou.
O diretor Randolfo pontuou a importância de aderir à luta. “A nossa luta não é individual, nem unitária, hoje o ataque que está se dando sobre todos os trabalhadores do Brasil é muito grande, todas nossas conquistas estão em risco. É preciso a mobilização do trabalhador da Dataprev, para juntos termos a força necessária para defender a nossa empresa, que é um patrimônio nacional de informações e tem um compromisso social muito grande”, Randolfo também aproveitou para esclarecer que o Sindpd está em contato com sindicatos de outros estados, porque a luta é a nível nacional e contará com toda ajuda possível.