Governo do estado ofereceu 6% dos 11,28% de Reajuste Geral Anual
Após recusar proposta do governo do Mato Grosso para o Reajuste Geral Anual (RGA) e deflagrar greve geral, os servidores estaduais, representados pelo Fórum Sindical, montaram um acampamento de resistência na manhã da última terça-feira (7), em frente ao prédio da Secretaria Estadual de Gestão, ao lado do Palácio Paiaguás, na cidade de Cuiabá. O governador Pedro Taques (PSDB) ofereceu aos servidores um reajuste de 6%, dos 11,28% de direito, divididos em três parcelas, que seriam pagas em setembro desse ano e janeiro e março de 2017.
Segundo o integrante da Direção Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do Fórum Sindical Antonio Wagner de Oliveira, a ideia nasceu para impactar as pessoas e mostrar que os servidores não irão desistir dos seus direitos. “Essa é uma ação para mostrar que estamos vigilantes 24 horas por dia. Nosso objetivo é ter 200 pessoas no acampamento”, falou o dirigente.
Ainda segundo Wagner, existem trabalhadores das mais diversas categorias instalados em barracas. A expectativa do Fórum é de que a cada dia chegue mais 10 pessoas. “Na noite dessa quarta-feira (8), tivemos aproximadamente 30 pessoas acampadas. Queremos cada dia mais 5 ou 10 barracas para mostrar que o movimento está crescendo e será permanente.”, falou Wagner.
Para animar os bravos servidores, que estão encarando temperaturas de, em média, 18º durante a noite, houve uma intervenção cultural com o cantor local de MPB Danilo Nicoletti. O plano dos servidores é permanecer acampados até o governo resolver pagar o que estava previsto.
Além dessa ação, os trabalhadores realizaram um grande “apitaço” e ocuparam mais uma vez, com mais de mil pessoas, a Assembleia Legislativa do Estado. Caso o governo recuse as propostas, os trabalhadores devem manter a greve. “Os movimentos vão continuar, seja de dia, seja na hora do almoço, seja no período noturno. Os servidores estão dispostos a irem até as últimas consequências”, disse Wagner.
O fórum deve se reunir nessa quinta-feira (9), com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em busca de um apoio da instituição. A Assembleia Legislativa está tentando intermediar o acordo, e os deputados devem se reunir com o secretário de gestão nos próximos dias.