Conselho do FGTS decide que dívidas com o fundo podem ser renegociadas, e mobilidade urbana será destino dos recursos

Raimundo Firmino, 2º secretário-Geral da CSB, participou da reunião na capital federal

O Conselho Curador do FGTS aprovou, nesta terça-feira (27), novas condições para a renegociação e pagamento de dívidas em operações de crédito com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. A reunião tripartite aconteceu no prédio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, e contou com a participação do 2º secretário-Geral da CSB Nacional Raimundo Firmino na bancada trabalhista.

De acordo com o Ministério, a ideia da deliberação é que os agentes financeiros possam usar como garantia nas operações de renegociação os créditos homologados nos Fundos de Compensações de Variáveis Salariais (FCVS) – fundo público que tem como finalidade garantir o limite de prazo de amortização da dívida decorrente de financiamentos habitacionais segundo a Caixa Econômica Federal. A pasta ainda afirma que R$ 3,3 bilhões em contratos poderão ser renegociados.

No cargo de ministro interino do Trabalho, Leonardo Arantes também assegurou que serão liberados recursos do FGTS para obras de mobilidade urbana, entre elas a da implantação do chamado Bus Rapid Transit (BRT), ônibus com maior capacidade de transporte de passageiros. Para Goiás, por exemplo, serão destinados R$ 141 milhões ao projeto. A expectativa, segundo Arantes, é de que “esses investimentos de infraestrutura atendam mais de 33,72 milhões de pessoas em todo o Brasil” – o que para Raimundo Firmino, “representa um avanço muito grande à população”.

Atualmente, o orçamento do FGTS para mobilidade urbana em 2018 é de R$ 8,68 bilhões e mais R$ 500 milhões a operações urbanas consorciadas. Já o orçamento para fiscalização, prioridade da pasta neste ano, está na casa dos R$ 31,5 milhões. “No ano passado, foram recuperados R$ 4,2 bilhões em recursos para o Fundo com a fiscalização”, diz a pasta.

O Conselho Curador do FGTS é composto por três bancadas: a dos trabalhadores, a dos empresários e a do governo; sendo a última constituída pelo MTE, pelo Ministério das Cidades, da Fazenda, pelo Banco Central e pela Caixa Econômica Federal.

Compartilhe:

Leia mais
limitar salário minimo aumenta desigualdade
Limitar reajuste do salário mínimo ao arcabouço fiscal pode aumentar desigualdade, diz estudo
origem do 13º salário
13º salário é compensação por tempo de fato trabalhado; entenda por que e conheça origem
4 encontro sindical fespume-es
Federação dos Servidores Municipais do ES (Fespume-ES) realiza 4º Encontro Sindical
aumento emprego entre mulheres
Número de mulheres com carteira assinada aumenta 45% em um ano
nota centrais sindicais contra plano golpista
Nota das centrais sindicais: "União contra o golpismo e pela democracia"
Antonio Neto Sindis
Antonio Neto: Sindicatos devem aproveitar tecnologias e se adaptar para sobreviver
empresa obriga mãe voltar ao trabalho recém-nascido
Empresa é condenada por obrigar mãe a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz
semana 4 dias de trabalho aumento produtividade
Empresa aumenta em 20% a produtividade ao adotar semana de 4 dias; Brasil testou modelo
Antonio Neto 3 congresso cspm
3º Congresso da CSPM: Antonio Neto fala sobre necessidade de adaptação dos sindicatos
escala 6x1 prejudica saúde mental
Escala 6x1 prejudica saúde mental e produtividade dos trabalhadores, diz especialista