Comitê de solidariedade convoca ato contra guerra à Síria

CSB integra o conselho formado por entidades civis brasileiras que condenam os ataques em Damasco

O Comitê de Solidariedade ao Povo da Síria divulgou hoje, 9 de setembro, um manifesto convocando a sociedade brasileira a sair às ruas para protestar contra a invasão norte-americana ao país sírio. Para o conselho, o governo de Dilma Roussef deve permanecer firme contra qualquer agressão, ataque ou ingerência na República Árabe da Síria.

A entidade afirma que existe uma campanha midiática orquestrada pela Arábia Saudita para incriminar o governo sírio – acusando-o de ser o autor dos atentados com armas químicas ‑ para induzir a opinião pública a apoiar uma intervenção estrangeira dos Estados Unidos e seus aliados.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) integra o Comitê e publicou, no final de agosto, uma reportagem na qual manifesta seu apoio ao governo da Síria e revela a mensagem do presidente Antonio Neto a Bashar AL-Assad. Clique aqui para ler a matéria.

Segundo fontes internacionais, documentos apresentados pela Rússia atestam que existe o envolvimento de uma facção radical islâmica, mascarada sob o Islamismo, nos ataques ‑ o que explica a recusa do Conselho de Segurança da ONU em condenar o governo sírio.

Para o Comitê de Solidariedade ao Povo da Síria, a imprensa precisa estar atenta a qualquer tentativa de manipulação por parte de agências de notícias mal-intencionadas. Além disso, defende que a crise naquele país deve ser resolvida internamente, sem a intervenção estrangeira e imperialista.

Leia abaixo a íntegra do manifesto e conheça as entidades que apoiam a iniciativa:

Convocação de Ato Contra a Guerra à Síria

Comitê de Solidariedade com o Povo Sírio, integrado por dezenas de entidades da sociedade civil brasileira, vem a público condenar o horrendo massacre premeditado acontecido no subúrbio de Damasco na Síria no dia 21 de agosto.

Comitê alerta sobre a campanha midiática orquestrada pela Arábia Saudita para incriminar o governo sírio na clara intenção de induzir a opinião pública em apoiar uma intervenção estrangeira dos Estados Unidos e seus aliados do Golfo Pérsico contra um país que demonstrou resistente à ingerência dos Reis da Guerra. Uma tentativa inescrupulosa para repetir a História recente do Iraque.

O próprio Vaticano pediu através de seu porta-voz cautela em acusações infundadas e segundo fontes internacionais, a recusa do Conselho de Segurança da ONU em condenar o Governo da Síria provém de provas documentais e fotos apresentadas pela Rússia que mostra envolvimento direto de uma facção radical islâmica mascarada sob o Islamismo e sob a tutela dos “Revolucionários da Morte”.

Fazemos um apelo aos jornalistas e analistas políticos que prezam pela Ética e a Verdade para que não se submetam, sem críticas profissionais ou parcialidade das fontes, às agências de notícias que se demonstram serviçais como a Al Jazeera do Qatar e Al-Arabya da Arábia Saudita e suas repetidoras globais, inclusive no Brasil.

A crise na Síria se resolve entre os sírios e sem a ingerência externa dos Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Israel e seus aliados súditos que de longe esqueceram os valores de suas Democracias e de Mundo Livre ressuscitando seus históricos de colonialismo e imperialismo otomano e ocidental.

Chamamos o governo brasileiro da presidente Dilma Roussef a posicionar-se com firmeza contra qualquer agressão, ataque ou ingerência na República Árabe da Síria. Por isso saímos às ruas no Brasil em todas as capitais para dizer em alto e bom som: NÃO À AGRESSÃO À SÍRIA!

Comitê de Solidariedade ao Povo da Síria

Entidades que já assinam a convocação: PCdoB (Partido Comunista do Brasil); PPL (Partido Pátria Livre); PCB (Partido Comunista Brasileiro); Consulta Popular; Liga Comunista; URC (União pela Reconstrução Comunista); LBI (liga Bolchevique Internacionalista); PCO (Partido da Causa Operária); MBV (Movimento Bandeira Vermelha); CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil); CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros); CONTEE (Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino); FEITTINF (Federação Interestadual de Trabalhadores em tecnologia de Informação); UNE (União Nacional dos Estudantes); UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas); UEE/SP (União Estadual dos Estudantes); UMES (União Metropolitana de Estudantes Secundaristas de SP); UJS (União da Juventude Socialista); JPL (Juventude Pátria Livre); JR (Juventude Revolução); Levante Popular da Juventude; MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra); CEBRAPAZ (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz); FDIM (Federação Democrática Internacional das Mulheres); UBM (União Brasileira de Mulheres); CMB (Confederação das Mulheres do Brasil); MMM (Marcha Mundial de Mulheres); CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores); UNEGRO (União de Negros pela Igualdade); Sindicato dos Escritores de SP; FEPAL (Federação Árabe Palestina do Brasil); FEARAB/América (Federação de Entidades Americano-Árabes); FEARAB/Brasil (Federação de Entidades Brasileiro-Árabes); FEARAB/SP (Federação de Entidades Árabes do Estado de São Paulo); APROFFESP (Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo); ACJM/BA (Associação Cultural José Martí/Bahia); SBIASP (Sociedade Beneficente Islâmica Alauita de São Paulo); GEOM (Centro de Estudos, Pesquisa, Ensino em Geopolítica do Oriente Médio); GT Árabe (Grupo de Trabalho Árabe); Jornal Gazeta Al Nur do Paraná; Revista Zunái; Revista Sawtak; Sanaúd; MMPP (Movimento Mulheres pela Paz); Rede Samba do Ventre (Rede para a Difusão da Cultura Árabe-Brasileira Samba do Ventre).

Apoio de Partidos Árabes: PCL (Partido Comunista Libanês); PSAS (Partido Socialista Árabe Sírio – Baath); PNSS (Partido Nacional Social Sírio).

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