Evento pretende aprofundar as mudanças, criar novos instrumentos de luta e discutir a defesa dos interesses da classe trabalhadora
Nos dias 3 e 4 de maio, a Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC) promoverá o 6º Encontro Sindical Nossa América (ESNA). O evento discutirá os desafios do movimento sindical na América Latina.
Na segunda quinzena de fevereiro, estarão disponíveis no site www.1mayocuba.com a programação completa, o formulário de inscrição e todos os detalhes para a participação no ESNA. A organização do evento fará ainda o “Ato Central na Praça da Revolução”, no dia 1º de maio, e o “Encontro de Solidariedade a Cuba”, no dia seguinte.
A CTC afirma que “a unidade de ação dos trabalhadores organizados é uma ferramenta fundamental para aprofundar as mudanças indispensáveis para promover o desenvolvimento soberano dos povos latino-americanos, de forma a elevar o nível de vida, redistribuir a riqueza, eliminar as desigualdades sociais, promovendo a integração soberana da América Latina rumo à sua libertação”.
O ESNA é realizado desde 2008. Quito (Equador) foi sede do primeiro encontro, seguida por São Paulo, Caracas (Venezuela), Manágua (Nicarágua) e Cidade do México nos anos seguintes. Centenas de delegados de organizações sociais e sindicais de diversos países da América Latina e Caribe participaram dos eventos.
A edição cubana do Encontro, segundo a Central dos Trabalhadores de Cuba, confere “um reconhecimento e uma expressão de solidariedade com o povo e a Revolução Cubana” e também fará parte das comemorações do aniversário de 75 anos da CTC.
Leia a Declaração de Princípios do 6º Encontro Sindical Nossa América
I. Um importante e nunca suficiente número de trabalhadoras e trabalhadores da nossa América, criamos juntos um espaço de unidade, debate, reflexão e coordenação, com a finalidade de contribuir à unidade de ação, à solidariedade e à luta de toda a nossa classe.
II. Não perguntamos de onde vêm. Queremos – unidos – direcionar para onde a nossa classe e nossos povos caminham juntos. Queremos contribuir com a nossa luta, para a urgente e necessária justiça social relacionada à definitiva libertação da nossa América.
III. Para esta luta estão convocados todos os lutadores e todas as organizações sindicais e sociais com base de trabalhadores que defendam os interesses de classe, sem importar sua afiliação internacional.
IV. Este espaço não tem uma junta de direção com distribuição de cargos, mas um grupo de trabalho coordenador renovável a cada encontro, onde existe a mais ampla e representativa trincheira de luta possível.
V. Abraçamos os interesses comuns da nossa classe, todas as formas de luta e propomos redobrar esforços para conquistar a necessária unidade de ação de todas as organizações existentes, sem que haja competição com elas. Somos internacionalistas.
VI. Caminhamos desde o âmago de nossa história; recolhemos a rebeldia de nossos libertadores, acumulamos a experiência de milhares de batalhas lideradas pelos trabalhadores, estudantes, aposentados e pensionistas, mulheres, indígenas, negros e camponeses por todos os tempos e lugares na nossa América. Acreditamos no socialismo como sistema para o desenvolvimento humano.
VII. Por essa razão, diante do permanente ataque do imperialismo e em meio às diversas crises do capitalismo; resgatamos o crescimento da luta de classes que gera a elevada consciência política, possibilitando a existência dos atuais processos revolucionários e governos de esquerda.
VIII. Podemos, devemos e queremos fazer parte da construção histórica da transformação da nossa América, que passa necessariamente pela integração econômica, política e social dos povos da região.
IX. A defesa da democracia, a autodeterminação dos povos e a participação ativa nos processos de transformação social que vive nosso continente.