Central dos Sindicatos Brasileiros

Centrais tentam acordo na Câmara para destravar pauta trabalhista

Centrais tentam acordo na Câmara para destravar pauta trabalhista

Sindicalistas têm reunião com presidente da Casa para tentar aprovar projetos como o da redução da jornada

Dois dias antes do 1º de Maio, as centrais sindicais farão nova tentativa de avançar a chamada agenda trabalhista no Congresso. Com unificação parcial no evento do Dia do Trabalho, todas se reúnem na tarde de hoje (29) para uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A Câmara marcou para a próxima terça-feira (6) uma comissão geral para discutir o tema. Os representantes dos trabalhadores adiantam que não aceitarão um acordo que inclua projetos de interesses das entidades empresariais.

“A partir dessa comissão geral, vamos escolher alguns pontos que possam ser levados a votação, vamos selecionar o que consideramos prioritário”, diz o presidente da CSB, Antônio Neto. “É o momento de mostrar quem está contra e a favor dos trabalhadores.”

“Não estamos abertos para discutir uma pauta positiva casada com uma pauta negativa”, afirma o presidente da CTB, Adilson Araújo, que vê na convocação feita por Alves um resultado da marcha realizada pelas centrais em 9 de abril. Também se iniciou um processo de discussão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. “O grande elemento que nos une é a agenda da classe trabalhadora.”

Os principais itens da pauta são a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, a correção da tabela do Imposto de Renda, a rejeição do Projeto de Lei 4.330 (sobre terceirização) e a aprovação das convenções 151 (direito de greve e negociação coletiva no serviço público) e 158 (contra demissões imotivadas) da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“Gostaríamos muito que se votasse o fim do fator previdenciário e a redução da jornada”, comenta o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício. Ele chamou a atenção para a ofensiva patronal e lembrou que neste momento a preocupação é garantir mais direitos, sem abrir mão dos atuais. “Não queremos perder nenhum direito previsto na CLT”, acrescentou.

Fonte: Rede Brasil Atual