O encontro tinha como pauta medidas de proteção aos trabalhadores em meio a pandemia
Desde o primeiro diagnóstico de coronavírus no Brasil, milhares de vidas foram tristemente perdidas e os números de contágios e óbitos apenas crescem. As consequências da pandemia têm sido nefastas, agravando ainda mais as acentuadas crises econômica e política a qual estávamos submetidos. Ao mesmo tempo o Governo Federal agrava ainda mais tais crises ao colocar em prática projetos que retiram direitos dos trabalhadores brasileiros.
Foi essa complexa conjuntura que pautou a videoconferência desta terça-feira (19). A reunião contou com a presença das seis centrais sindicais aferidas – CSB, CTB, Força, Nova Central, UGT e CUT – e foi mediada pelo representante do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Objetivo do encontro era levar ao Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, as principais preocupações dos trabalhadores em meio ao covid-19.
Representando a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiro), estava presente Antonio Neto. De acordo com o presidente da central, é necessário que o direito a representação sindical seja mantido para garantir a proteção dos trabalhadores do Brasil. “Nós que somos instrumento de proteção dos trabalhadores estamos excluídos, por decisão do Supremo. Agora estamos lutando para ampliar o número de trabalhadores que tem direito à representação sindical de acordo com a Medida Provisória 936. Os brasileiros que ganham menos de 3135,00, privados da proteção feita pelos sindicatos, são equivalentes a mais de 90% da população economicamente ativa”, disse.
Além disso, Neto fez duras críticas a apoiadores e lideranças ligadas ao Governo Federal. “Eles não respeitam. Nós não fizemos movimento nenhum. Nem no 1º de maio fomos para as ruas. Respeitamos, pois acreditamos que o isolamento social é maneira de abaixarmos a curva de contágios. Eles não fazem isso. Eles nos desrespeitam todo dia. Fazem passeatas com estruturas impecáveis. Quem está custeando tudo isso? ” Foi o questionamento feito por Antonio Neto.
Por fim, Dias Toffoli, ressaltou a necessidade se cobrar o Ministério da Economia para buscar soluções para atenuar os impactos socioeconômicos.