Centrais Sindicais propõem auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

Começa já a pressão sobre o Congresso Nacional contra a medida do governo Bolsonaro que reduz o abono a R$ 300

As Centrais Sindicais propuseram, desde o início da crise sanitária do COVID-19, a atuação coordenada do Estado (União, estados e municípios) e medidas para a proteção dos/as trabalhadores/as.

No início de março, apresentamos ao Congresso Nacional a proposta de um Abono Emergencial para proteger os/as trabalhadores/as mais vulneráveis, que trabalham por conta-própria ou como autônomos, os/as assalariados/as sem
registro em carteira, trabalhadoras/es domésticas e todos/as que dependem dos programas de transferências de renda. Apresentamos também propostas para a proteção das empresas e dos empregos dos/as assalariados/as que sofreram os impactos do isolamento social.

Provamos que era necessário e possível, e o Congresso aprovou um Auxílio Emergencial de R$ 600,00, sendo ainda devido um Auxílio de R$ 1.200,00 para a mãe chefe de família. Essa medida beneficiou mais de 65 milhões de pessoas, impedindo que caíssem na pobreza, criando uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis, bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões
mais pobres do país.

Considerando que os impactos sociais e econômicos da crise sanitária já se se provam muito mais longos do que os inicialmente prospectados, com efeitos dramáticos sobre os empregos e as ocupações, bem como sobre as
empresas e a dinâmica econômica, consideramos essencial que as inciativas continuem no sentido de sustentar a renda das pessoas e famílias, estendendo os efeitos positivos de proteção social e de manutenção da demanda das
famílias.

Por tudo isso, as Centrais Sindicais rejeitam a medida anunciada nesta terça-feira (1º) pelo governo que reduz à metade o valor do auxílio emergencial; propõem e defendem que o Congresso Nacional prorrogue
até dezembro o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00, com os  mesmos critérios de acesso e para o mesmo universo de pessoas credenciadas que ainda necessitam do benefício.

Consideramos fundamental que os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal qualifiquem o debate deliberativo sensibilizando todo o parlamento para a relevância da renovação desse benefício.

São Paulo, 01 de setembro de 2020.

Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Alvaro Egea
Secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Ubiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Joaninha de Oliveira
Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas

Nilza Pereira de Almeida
Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor

Compartilhe:

Leia mais
CSB Mulher seminário justiça climática
CSB Mulher participa de seminário sobre papel das mulheres na luta por justiça climática
nota técnica 09 conalis mpt
Conalis atualiza Nota Técnica nº 09, sobre contribuição assistencial; acesse íntegra
live plano clima e caminhos para a cop 30
Governo convida dirigentes sindicais para live preparatória para a COP 30; inscreva-se
sindicato vigilantes santana do livramento
CSB-RS: Sindicato dos Vigilantes de Sant'Ana do Livramento tem nova diretoria eleita
fila carta de oposição contribuição sindicato
Contribuição assistencial e oposição no marco da Constituição de 1988
nova industria brasil nib missão 3
Nova Indústria Brasil anuncia R$ 1,6 trilhão para projetos de infraestrutura e sustentabilidade
ministro do trabalho luiz marinho seguro-desemprego
Ministro do Trabalho descarta mudança no seguro-desemprego: 'a não ser que me demitam'
Trabalhador paga mais imposto que milionários
Trabalhador com salário de R$ 6 mil paga mesmo Imposto de Renda que 0,01% mais ricos
G20 social rio de janeiro centrais sindicais
Movimento sindical fará debate na Cúpula do G20 Social no RJ; inscreva-se
ministro flavio dino stf pejotização
Opinião: 'Flávio Dino mira terceirização, pejotização e fraudes trabalhistas'