Centrais sindicais mantêm unidade e aprovam calendário de lutas

Visitas aos líderes dos partidos e ao presidente da Câmara devem continuar; entidades também realizarão uma plenária nacional

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) participou nesta segunda-feira (14), em São Paulo, de reunião com as demais centrais sindicais. Durante o encontro foi debatida a atual conjuntura brasileira, o movimento sindical, os impactos da crise, além das consequências da reforma trabalhista. As entidades também aprovaram um calendário de lutas e atividades, que acontecerão de forma unitária.

Entre as ações estão: a continuação das visitas aos líderes partidários e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a produção de uma cartilha sobre a reforma trabalhista, a permanência da agenda de mobilização e negociação das centrais e a realização de uma plenária nacional com sindicatos das centrais que tenham data-base a partir de setembro para abordar, além da reforma, a campanha salarial unificada, que deve acontecer em setembro, e o custeio.

Para o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea, a unidade entre as centrais é mais do que necessária na atual conjuntura do País. “Estamos passando por um período de resistência a esta reforma trabalhista e ao conjunto de políticas de desmonte aos direitos sociais. A unidade é absolutamente necessária para que a gente acumule forças para enfrentar todas as consequências desta reforma. Por tanto, é importante que a gente continue trabalhando em conjunto”, disse Egea sobre a necessidades de as centrais reativarem a pauta de desenvolvimento do País.

“Em dezembro de 2015, as centrais produziram um compromisso com o desenvolvimento, que é um documento conjunto das centrais e do setor produtivo, e agora vamos retomar essa agenda. Temos que tirar o País desta agenda ultraliberal, recessiva e suicida, que esses economistas estão impondo ao País. Eles querem mais sangue, dizem que é preciso aprofundar as reformas, ou seja, não basta dois anos seguidos de déficit das contas, não basta o sucateamento dos estados, não basta 14 milhões de desempregados, eles querem mais sangue. Precisamos retomar uma agenda contrária a essa política. Precisamos de desenvolvimento, crescimento econômico, retomada de obras públicas, de construção pesada, retomada da indústria, do emprego e consumo. Isso fará o Brasil entrar na rota do desenvolvimento”, finalizou o secretário-geral da CSB.

As centrais voltam a se reunir na tarde da próxima segunda-feira (21), na capital paulista.

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