Centrais Sindicais lançam “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora” em São Paulo

CSB participou efetivamente da construção do material, que tem 22 pontos e trata de desemprego, desenvolvimento e justiça social

O Fórum das Centrais (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT) lançou a “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”, documento unificado com as 22 propostas para o desenvolvimento do Brasil. O evento reuniu lideranças de todas centrais, nesta quarta-feira (6), no Sindicato dos Químicos.

O evento iniciou com a leitura do documento e dos pontos assinados pelos presidentes de cada central sindical.  A agenda prioritária estabelece as metas, no ponto de vista dos trabalhadores e trabalhadoras, para que o Brasil volte a crescer, a se desenvolver e gerar emprego. A agenda foi lançada agora para servir de norte de ações para os candidatos às eleições de 2018, seja para o Legislativo ou Executivo.

As propostas levantadas pela agenda foram aceitas, por unanimidade, pelos presentes que lotaram os cerca de 300 lugares no auditório do Sindicato dos Químicos.  A base do material é trazer uma transformação para o País orientada pelo combate a todas as formas de desigualdade, contra a reforma trabalhista e pela promoção do emprego de qualidade, pela liberdade, pela democracia, soberania nacional e justiça social.

A CSB foi representada pelo secretário-geral da Central, Alvaro Egea, que em sua fala chamou a atenção para a extrema importância do evento, que marca o início da movimentação dos trabalhadores para influenciar o processo eleitoral.

“Nós não queremos ser meros coadjuvantes, e sim protagonistas de um processo de desenvolvimento do país que queremos construir com soberania, recuperação do emprego e de valorização das riquezas nacionais, combatendo a discriminação, revogando essa legislação trabalhista, a PEC 95, que corta os gastos em saúde e educação”, disse o dirigente.

 Pautado pela Igualdade
A igualdade de oportunidade, de gênero e políticas que tragam isso efetivamente para o Brasil foi mais do que papel no evento. Cada central sindical foi convidada a trazer um dirigente e uma dirigente à mesa principal do evento. Ambos tiveram o mesmo tempo de fala para simbolizar o ideal da igualdade.

Quem representou a CSB como mulher foi a diretora do Sindvestuário Guarulhos Nilvone de Oliveira. “Eu me senti honrada de representar a mulher, como também a mulher negra e nordestina também. Já tenho um tempo no movimento sindical e fico feliz de vencer nesse lugar. A agenda defendida aqui hoje é importante para nos unir e nos fazer mais forte nessas lutas”.

O alto índice de desemprego do País, a aprovação da reforma trabalhista, em novembro de 2017, que retirou conquistas dos trabalhadores e ameaça a sobrevivência das entidades sindicais, também predominaram entre as falas das centrais. E são também os pontos principais da agenda prioritária.

O presidente da CSB São Paulo também esteve presente no evento e salienta que é muito importante o debate e a reunião das centrais para o movimento sindical, os trabalhadores, as mulheres e minorias. “Nós não podemos estar como estamos hoje com cerca de 28 milhões de desempregados e subempregados, com a Petrobrás e a Eletrobrás ameaçadas de privatização, por exemplo. Então, esse evento fortalece a classe trabalhadora no Brasil”.

O Fórum das Centrais aprovou ainda o dia 10 de agosto como o Dia Nacional de Luta, e a agenda lançada na ocasião será levada ao Congresso, na próxima semana. Outras ações e eventos ainda serão marcados.

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