Centrais sindicais divulgam agenda do Dia do Trabalho no Vale do Anhangabaú

O evento abordará a redução da jornada de trabalho – das atuais 44 horas para 40 horas semanais – sem redução de salário, fim do fator previdenciário, reforma agrária e igualdade de oportunidades entre homens e mulheres

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) marcam o Dia Internacional do Trabalho com programação no Vale do Anhangabaú, na próxima quinta-feira, 1º de maio, das 10h às 20h. O evento começa com ato religioso e prossegue com shows de artistas conhecidos, ato político e peça de teatro contando a história da comunicação no país, uma vez que o tema central da comemoração será Comunicação: O Desafio do Século.

De acordo com o presidente da CUT-São Paulo, Adi dos Santos Lima, o tema foi escolhido para que a sociedade faça uma profunda reflexão sobre o monopólio das comunicações e o direito de todos os trabalhadores terem maior espaço nos veículos de comunicação. “Não queremos acabar com nenhum veículo de comunicação, queremos ter o direito de ter os nossos. É assim que um país democrático distribui o direito à comunicação”.

Na pauta do dia estarão ainda assuntos como a redução da jornada de trabalho – das atuais 44 horas para 40 horas semanais – sem redução de salário, fim do fator previdenciário, reforma agrária, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, valorização dos aposentados, aplicação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto)  em educação, destinação de 10% do Orçamento da União para a saúde, correção da tabela do Imposto de Renda, ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que impede a demissão imotivada, regulamentação da Convenção 151 que estabelece a negociação coletiva no serviço público e ampliação dos investimentos públicos.

O secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional, João Felício, destacou que o 1º de maio é um dia de mobilização, protesto e crítica para os trabalhadores, e destacou que não há tanto a comemorar.
“Nós reconhecemos os avanços, mas não queremos perder direitos. Queremos derrotar, no Congresso Nacional, todos os projetos de lei que apontam a possibilidade da retirada de direitos. Estamos em uma fase de disputa na sociedade brasileira. Queremos manter o que temos e fazer reformas que possibilitem a melhoria das condições de vida da sociedade”, acrescentou.

As bandeiras levantadas serão as mesmas da Força Sindical, que lembrará a data com o tema Avançar na Democracia com Desenvolvimento Social, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da cidade. “É um dia a ser festejado, mas também de reflexão sobre o Brasil que queremos. Lutamos por um país com mais direitos para os trabalhadores e pelo respeito aos direitos já conquistados”, enfatizou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Segundo a organização, as lideranças políticas convidadas foram o senador Aécio Neves (PSDB); o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e a presidenta Dilma Rousseff; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o prefeito da capital, Fernando Haddad; além dos ministros Manoel Dias, do Trabalho; e Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. A festa terá ainda shows com cantores populares e o sorteio de 19 automóveis.

Os sindicalistas adiantaram que estarão em Brasília no próximo dia 6 para uma reunião, no Congresso Nacional, sobre as reivindicações de todas as centrais sindicais e sobre os projetos de lei em tramitação, relacionados aos direitos trabalhistas. “Dia 6 vamos expressar para a sociedade, especialmente para o Congresso, porque é importante que esses projetos, que estão dormentes na Casa, sejam aprovados”, explicou o presidente da CSB, Antônio Neto.

Fonte: Agência Brasil

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