Centrais sindicais debatem pauta trabalhista na Presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara

Encontro teve como objetivo filtrar e priorizar as propostas quem podem ser aprovadas ainda este ano no Congresso Nacional

Nesta semana, as centrais sindicais se reuniram na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados para debater a  urgência das reivindicações da pauta trabalhista . Estiveram presentes no encontro a CSB, CTB, NCST, UGT e CUT. O debate foi mediado pelo deputado Vicente Cândido, presidente  da CCJ.

O principal objetivo do encontro foi filtrar as propostas que poderão ser votadas ainda este ano. Ao todo existem 180 projetos voltados para aos trabalhadores no Congresso. Desses, 84 estão em análise nas comissões parlamentares. Para o assessor parlamentar da CSB, Ernesto Pereira, que representou a Central na reunião, é necessário manter o diálogo permanente entre o parlamento, executivo, trabalhadores e empresários. “Os projetos só avançarão se priorizarmos e filtrarmos o que é mais urgente para os trabalhadores. Isso não significa que os demais projetos não serão aprovados ou não terão continuidade, mas que é necessário dar um passo por vez”, disse.

Entre as prioridades defendidas pelas centrais estão a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais (PEC 231/95), o fim do fator previdenciário (PL 3299/08); a regulamentação da Convenção 151 da OIT; o fim da contribuição de aposentados (PEC 555/06); a destinação de 10% do PIB para o ensino, como está previsto no Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) em discussão em comissão especial; e 10% do orçamento da União para a saúde (PLP 123/12), como quer o Movimento Saúde+10.

Outra proposta da pauta é a igualdade de salários entre homens e mulheres. Segundo o assessor parlamentar, esse projeto deve ser aprovado ainda este mês. “ É uma lei emblemática que irá encerrar séculos de preconceito e opressão que as mulheres sofrem. A votação e aprovação da igualdade de gêneros está avançada e não encontra grandes obstáculos. Com certeza será um presente para todas as trabalhadoras. Já as 40 horas é um projeto que exige muito mais articulações junto aos empresários que temem a perda de lucro e se esquecem que um trabalhador motivado rende muito mais”, avalia.

Os resultados da comissão geral foram levados ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, pelos presidentes das centrais sindicais e das comissões temáticas da Câmara, onde estão os principais projetos de interesse dos trabalhadores. A expectativa é alcançar consenso e destravar as votações.

Leia aqui a matéria sobre a reunião das centrais com Ricardo Berzoini. 

Compartilhe:

Leia mais
30 por cento brasileiros trabalham mais que jornada máxima
32% dos brasileiros trabalham mais do que jornada máxima de 44 horas semanais
reforma trabalhista 2017 votação câmara
TST: Mudanças da reforma trabalhista de 2017 se aplicam a contratos firmados antes dela
limitar salário minimo aumenta desigualdade
Limitar reajuste do salário mínimo ao arcabouço fiscal pode aumentar desigualdade, diz estudo
origem do 13º salário
13º salário é compensação por tempo de fato trabalhado; entenda por que e conheça origem
4 encontro sindical fespume-es
Federação dos Servidores Municipais do ES (Fespume-ES) realiza 4º Encontro Sindical
aumento emprego entre mulheres
Número de mulheres com carteira assinada aumenta 45% em um ano
nota centrais sindicais contra plano golpista
Nota das centrais sindicais: "União contra o golpismo e pela democracia"
Antonio Neto Sindis
Antonio Neto: Sindicatos devem aproveitar tecnologias e se adaptar para sobreviver
empresa obriga mãe voltar ao trabalho recém-nascido
Empresa é condenada por obrigar mãe a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz
semana 4 dias de trabalho aumento produtividade
Empresa aumenta em 20% a produtividade ao adotar semana de 4 dias; Brasil testou modelo