Centrais sindicais apoiam a greve dos petroleiros

Em nota, as seis entidades defendem a importância da Petrobrás para o Brasil e das reivindicações dos trabalhadores

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), juntamente com as demais centrais, divulgaram, nesta terça-feira (29), nota oficial de apoio à greve de 72 horas anunciada pelos petroleiros.

Na nota, as centrais apontam para a necessidade de proteger a Petrobrás das especulações financeiras e da venda para multinacionais. Além disso, indicam que as reivindicações da categoria são justas.

As entidades também anunciaram a apresentação da agenda prioritária da classe trabalhadora, que acontecerá na próxima quarta-feira (6), no Sindicato dos Químicos de São Paulo, e que terá pauta voltada para os interesses da sociedade e dos trabalhadores.

Leia a nota na íntegra.

NOTA OFICIAL – Centrais Sindicais

Apoio aos petroleiros, fortalecimento da democracia e do movimento sindical

As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB vêm a público manifestar todo seu apoio e solidariedade à greve dos trabalhadores petroleiros, prevista para durar 72 horas a partir de amanhã.

Entendemos que as reivindicações dos petroleiros são justas e apontam para a necessidade de protegermos a Petrobras da especulação financeira e da venda para multinacionais.

A Petrobras é uma das mais importantes empresas dos brasileiros, com um incomensurável papel na economia do País, considerando-se tanto na área de investimentos como no processo de valor dos combustíveis. É importante proteger e desenvolver o papel estratégico das empresas públicas (Petrobras, sistema Eletrobras e bancos públicos, entre outros) para a promoção dos desenvolvimentos econômico e social.

Ressaltamos que o governo federal demonstrou durante a greve dos caminhoneiros inabilidade política, insensibilidade social e incapacidade de realizar uma negociação adequada, como o momento exigia. 

O impasse da greve dos caminhoneiros e a sua duração são claros resultados da política de desmonte do movimento sindical, implantada e incentivada pelo governo federal. Reflexo da nefasta reforma trabalhista, o desmonte sindical levou ao impasse e à perda de credibilidade na negociação, visto que o governo buscou, de forma atrapalhada, uma negociação fragmentada.

Ao fomentar a negociação individual e fragmentada – cada estrada tinha uma liderança –, o governo sofreu os danos de não encontrar, no outro lado da mesa de negociação, entidades fortes, representativas e com lideranças centralizadas para negociar as verdadeiras demandas da categoria.

A história tem revelado a importância de entidades sindicais fortes e representativas como fator de equilíbrio e bom senso nas negociações em todas as partes do mundo.

Diante do sensível momento que o País vivencia, as Centrais Sindicais, visando o diálogo construtivo, irão apresentar, no próximo dia 6, às 10 horas, no Sindicato dos Químicos de São Paulo (rua Tamandaré, 348) uma Agenda  Prioritária da Classe Trabalhadora, com uma pauta voltada para os interesses da sociedade, que será debatida durante o processo eleitoral, onde as mudanças de rumo se darão por meio de eleições democráticas.

As Centrais Sindicais, legítimas representantes dos trabalhadores, têm propostas que visam um País com crescimento da economia, dos empregos e de renda para todos, além do fortalecimento das entidades sindicais visando negociações equilibradas, o fortalecimento e a ampliação de políticas sociais, em prol da eliminação da desigualdade social e da renda.

Antonio Neto – Presidente da CSB

Vagner Freitas – Presidente da CUT

Paulo Pereira da Silva – Paulinho da Força, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah – Presidente da UGT

Adilson Araújo – Presidente da CTB

José Calixto Ramos – Presidente da Nova Central

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