Representantes do movimento sindical reivindicaram a ampliação do benefício em reunião com ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira
O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), do qual a CSB faz parte, se reuniu nesta terça-feira dia (20) de setembro, com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para discutir a concessão de 2 parcelas adicionais do seguro-desemprego aos trabalhadores desempregados.
A Central dos Sindicatos Brasileiros foi representada na reunião pelos membros da Banca dos Trabalhadores no CODEFAT José Avelino Pereira (Chinelo), vice-presidente da CSB, e por Ernesto Luiz Pereira, assessor parlamentar da Central. Também esteve presente no debate Itamar Revoredo Kunert, secretário de Organização e Mobilização da Central.
Atualmente, as parcelas do seguro-desemprego variam entre 3 e 5 salários mínimos, dependendo do tempo de trabalho. Assim, quem recebe 3 parcelas atualmente receberá 5 e quem recebe 5 passará a ter 7. Para recebê-las, o trabalhador deve se matricular em um curso de qualificação do Sistema Nacional de Emprego (SINE). O trabalhador também precisa matricular-se em curso de formação gratuito na sua área de atuação, numa distância de até 20 km da moradia.
Segundo Chinelo, a CSB tem lutado por medidas que favoreçam a classe trabalhadora. “Estamos em um período em que temos 12 milhões de desempregados, e até o fim do ano esse número pode chegar a 14 milhões de brasileiros. Esses trabalhadores precisam de um suporte financeiro até conseguirem um outro emprego, e em períodos de recessão as pessoas custam para arrumar emprego. Além de beneficiar o trabalhador, o seguro-desemprego ajuda a movimentar a economia, porque se a pessoa não tem dinheiro nem para comer, ela para de consumir, e isso gera mais desemprego” afirmou. O dirigente ainda lembra que o aumento das parcelas foi usado em 2008, durante a crise internacional. Segundo ele, uma nota do Codefat dá conta que, se implementada, 500 mil pessoas se beneficiariam.
Durante a reunião, o ministro se comprometeu a levar a reivindicação das centrais sindicais ao presidente Michel Temer. Nogueira também assegurou que estão descartadas as possibilidades de aumento da jornada de trabalho, fatiamento de férias e alteração do FGTS. Sobre o 13º salário, garantiu que não haverá parcelamento ou cancelamento. “Nunca falei em reforma trabalhista, mas sim em atualização. Esta atualização diz respeito aos aspectos da linguagem, mas não dos direitos e proteção dos trabalhadores. Direito não se revoga, não se subtrai, se aprimora”, enfatizou.