Em vídeo conferência realidade na manhã deste domingo (29), presidentes das centrais sindicais (CUT, Força, UGT, CTB, CSB e Nova Central) discutiram com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, os problemas causados pela avanço da pandemia do corona vírus no Brasil e a elaboração de propostas que visem proteger a vida das pessoas, garantir renda aos trabalhadores e ajuda governamental para a sobrevivência das empresas.
“Estamos diante de um cenário de guerra. Milhões de vidas correm perigo e as medidas e ações do governo federal tentam levar os trabalhadores brasileiros e os empresários a pularem no abismo. É mais do que evidente que a paralisação da economia será muito mais aguda e severa no segundo semestre se não fizermos um isolamento total nesse momento. A prioridade agora deve ser de criarmos as condições e cobrança do apoio do Estado para que a quarentena ocorra agora, garantindo a renda das pessoas o funcionamento dos setores fundamentais. Depois será tarde demais”, afirmou o presidente da CSB, Antonio Neto, logo após a Conferência.
Mesmo após criticar duramente a posição da CNI pelo apoio à MP 927 editada pelo governo Bolsonaro, as centrais sindicais entendem que nesse momento de pandemia o mais importante é unificar esforços de todas as instituições e setores sociais para uma ação coordenada e nacional que possa salvar a vida de milhares de brasileiros.
Segundo os participantes da reunião, a CNI adiantou que defende junto ao governo o adiamento do pagamento dos impostos, a revalidação de licenças e certidões, financiamento para pequenas e médias a fim de para garantir salários dos empregados, além da criação de fundo garantidor do Sesi de R$ 500 milhões para a garantia dos financiamentos de pequenas e medias empresas , que não poderão demitir.
Centrais e CNI divulgarão um documento unitário com propostas para os governos federal e estaduais, além da busca de acordos nacionais e setoriais que estabeleçam as bases para os sindicatos buscarem os entendimentos em suas bases.