Central dos Sindicatos Brasileiros

Câmara dos Deputados aprova Marco Civil da Internet

Câmara dos Deputados aprova Marco Civil da Internet

Com apenas um voto contrário, projeto será encaminhado para avaliação do Senado

Nesta terça-feira (25), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que pretende regulamentar o uso da rede no Brasil. A aceitação do Marco Civil da Internet significa um considerável avanço, já que estabelece os direitos e deveres dos usuários e provedores de internet.

O projeto, que tramitava no Congresso Nacional desde 2011, foi aprovado quase que por unanimidade, registrando apenas um voto adverso contra 17 favoráveis.

Entre os temas sancionados,destacam-se a neutralidade da rede – que impede empresas de telecomunicações de oferecerem pacotes de dados diferentes com base no perfil de consumo do usuário – e a guarda de logs dos provedores de aplicação, isto é, provedores de internet terão que armazenar os IPs e horários de conexões por 1 ano.

Agora, o texto final será encaminhado para a avaliação do Senado e, caso não requeira alterações, segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e o Sindpd, entidades presididas por Antonio Neto, apoiam e parabenizam a aprovação do Projeto de Lei que, segundo ele, é essencial para estabelecer regras claras e objetivas quanto ao uso da internet.

De acordo com o presidente, o PL 2126 é imperativo para a segurança e liberdade de escolha dos usuários da rede mundial de computadores. “Mesmo a rede de computadores sendo algo relativamente novo, este é um projeto que existe há mais de dez anos. É imprescindível que um país tenha uma legislação que contemple a internet. O Marco Civil é um projeto que cria regras e limites na rede. Sem parâmetros claros, a sociedade e, principalmente, o usuário ficam desprotegidos”, afirmou Neto.

Em 2013, as entidades encaminharam à presidenta Dilma Rousseff manifesto sugerindo melhor apreciação de 5 pontos previstos no texto inicial. A guarda de logs dos provedores de aplicação; a responsabilidade destes provedores pelos conteúdos de terceiro; a insustentabilidade do aviso ao próprio criminoso; a inviolabilidade das comunicações dos usuários; e a neutralidade da rede são pontos que, segundo a CSB e o Sindpd precisavam de revisão.

Em resposta ao documento e ao compromisso das entidades com a sociedade, o Ministério das Comunicações, por meio do secretário Maximiliano Martinhão, ressaltou a importância da participação dos diversos setores no debate.

Apesar de assinalar avanço consistente, o futuro da regulamentação da internet no Brasil ainda depende de outras aprovações. Certos de que o projeto amplia e assegura direitos essenciais para os usuários da rede, a CSB e o Sindpd reforçam o apoio à aprovação absoluta do Marco Civil da Internet.

Clique aqui e leia a íntegra do Projeto de Lei (PL2126/2011).