Vice-presidente da CSB Flávio Werneck destacou os principais desafios da categoria
Nesta quinta-feira (23), a Câmara dos Deputados promoveu sessão em homenagem ao Dia do Policial Federal, comemorado em 16 de novembro desde a criação do Decreto n° 5.279/2004. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindpol/DF) e vice-presidente da CSB e da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Flávio Werneck, participou da solenidade.
Na abertura, o deputado Carlos Manato (SD-ES) leu carta do presidente da Casa, Rodrigo Maia. No documento, o presidente afirma que “ninguém ignora hoje o que representa a Polícia Federal, que só no ano passado realizou 550 operações de combate à corrupção, ao narcotráfico e ao crime organizado. Essa atuação intensa a tornou conhecida e reconhecida pelos brasileiros, tanto que nos últimos tempos em qualquer pesquisa sobre confiança da população aparece invariavelmente como uma das instituições com maior credibilidade do país”.
Em discurso, Werneck cumprimentou os policiais federais e destacou os pontos de atenção da categoria. “Nós gostaríamos que essa Casa começasse a olhar para as necessidades de melhorias na investigação brasileira, as necessidades de melhoria na efetividade porque é isso que toda a população brasileira quer e é isso que os policiais federais querem”, afirmou.
O policial de carreira afirmou que a Polícia Federal tem baixa efetividade quando o alvo é a elite brasileira. “Apenas 4% das denúncias de colarinho e corrupção chegam ao fim. E o que eu quero dizer com o fim? Condenação ou absolvição. A maioria fica pelo meio do caminho, perdida na burocracia”, ressaltou.
Para encerrar, o dirigente afirmou que um dos grandes desafios da PF é a busca pela meritocracia. “Queremos que o melhor policial bacharel na sua área assuma as investigações referentes ao nicho de conhecimento. Que o melhor bacharel, por exemplo, em informática e o melhor policial investigador na área possa lá no futuro ver que ele vai assumir a chefia dos crimes cibernéticos porque hoje um bacharel em direito que assina uma investigação de crimes cibernéticos não sabe nem o que está assinando porque não tem o conhecimento técnico”, finalizou.
A audiência foi requerida pelo deputado Aluisio Mendes (Podemos-MA).