Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) na manhã desta terça-feira (7), o ministro da área, Aldo Rebelo, disse que “o Brasil paga um preço muito alto por sua ineficiência na área de tecnologia”.
Na sua opinião, o estágio de desenvolvimento tecnológico do país não condiz com a condição de uma das dez maiores economias do mundo. Ele atribui parte do problema ao fato de poucas empresas brasileiras investirem na área de pesquisas, como ocorre em nações como os Estados Unidos.
Aqui no Brasil, acrescentou ele, são poucas as empresas que fazem investimentos significativos no campo científico e tecnológico. O ministro destacou entre elas a Petrobras, a Vale, a Embraer e a Embrapa, que deu uma contribuição fundamental para tornar o país competitivo internacionalmente, mesmo disputando mercado com nações que subsidiam fortemente o setor agropecuário.
— Na Europa, o agricultor recebe do Estado. É quase um servidor público — destacou.
Aldo Rebelo foi convidado pela CCT para apresentar as prioridades do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Nesse aspecto, ele disse que sua primeira preocupação é elevar o nível de informação científica da população, principalmente dos jovens e das crianças.
— Educação científica de qualidade é um dos primeiros desafios de um Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação digno desse nome — afirmou.
Para ele, é imprescindível que os jovens tenham contato desde cedo com a ciência, o que estimula a formação de uma mentalidade científica e os preparará para fazer frente à carga de “mistificação e deseducação” despejada pelos meios de comunicação, acredita Aldo.
Fonte: Agência Senado