Brasil gerou mais de 1 milhão de empregos formais em 2024; RS registra queda em maio

O Brasil gerou 131.811 postos de trabalho com carteira assinada em maio de 2024, com saldo foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas e em 26 estados. No acumulado do ano, foram gerados 1.088.955 postos de trabalho formais e nos últimos 12 meses o total de vagas geradas chegou a 1.674.775. Com isso, o país possui um total de 46.606.230 postos de trabalho formais.

Os dados do Novo Caged do mês de maio foram divulgados na tarde desta quarta-feira (27) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que ressaltou a geração de 2.549.064 vagas de trabalho com carteira assinada nos 17 meses do governo Lula.

Não houve crescimento do emprego apenas no Rio Grande do Sul devido à catástrofe climática ocorrida em maio, que causou a perda de 22.180 postos de trabalho. De acordo com Luiz Marinho, a expectativa é de que os meses de junho e julho ainda apresentem resultados negativos. Desse modo, as enchentes afetaram tanto o saldo médio nacional e da Região Sul.

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“Nós vamos monitorar o Rio Grande do Sul. O tempo todo a nossa preocupação é com a retomada e recuperação do estado. Acredito que na hora que começar os canteiros de obras, para construção civil de retomada e reconstrução, seja habitação, seja de equipamentos públicos, a tendência é a economia voltar a girar no estado e voltarmos a ter números positivos, a partir talvez de agosto, na divulgação de setembro”, destacou Marinho ao reforçar que a crise climática no estado influenciou o resultado geral da Região Sul e nacional em maio.

• Sudeste (+84.689 postos, +0,36%);

• Nordeste (+31.742 postos, +0,41%);

• Norte (+9.912 postos, +0,43%)

• Centro-Oeste (+9.277 postos, +0,22%).

• Sul (-9.824 postos, -0,11%, sendo -22.180 o resultado apenas no RS).

A maior geração ocorreu em São Paulo, com saldo de 42.355 postos (+0,3%), destaque para serviços (18.781) e agropecuária (14.476). Em seguida, vem Minas Gerais, que teve saldo positivo de 19.340 postos (+0,4%) e o Rio de Janeiro, com geração de 15.627 postos (+0,4%). (Confira sumário completo do Novo Caged.)

O valor médio real de admissão em maio foi de R$2.132,64, mantendo estabilidade com o valor de abril, que foi de R$ 2.135,94. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de 3,0% (acima da inflação).

Setores

No acumulado de janeiro a maio, o emprego ficou positivo em todos os 5 grandes grupamentos de atividades econômicas. O maior crescimento foi registrado no setor de Serviços, com saldo de 623.920 postos formais, totalizando 57,3% dos empregos gerados no ano, com destaque para atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que geraram 244.444 postos e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com geração de 230.689 postos formais.

O setor da Indústria apresentou saldo de 209.575 postos de trabalho no ano, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (19.388) e fabricação de veículos automotores (19.267). A Construção Civil também foi outro gerador de empregos, com saldo de 159.203 postos. A geração de vagas também foi positiva no Comércio (50.374) e na Agropecuária (45.888).

Análise do cenário

O mercado de trabalho no brasileiro tem mostrado um desempenho positivo, com a aceleração no crescimento da população ocupada. Esse aumento, especialmente evidente em março e abril, contribuiu para a redução da taxa de desemprego.

A nota “Desempenho Recente do Mercado de Trabalho”, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na sexta-feira (21), aponta que a taxa de desocupação alcançou 6,8%, em abril, marcando uma queda de 1,2 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2023.

Os dados foram calculados pelo Instituto a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os autores, o recuo da desocupação nos últimos meses é decorrente de uma aceleração ainda mais forte no ritmo de criação de empregos no país. Após registar uma taxa de crescimento interanual da ordem de 2,0% no trimestre móvel, encerrado em janeiro, a população ocupada registrou taxa de expansão de 2,8% no trimestre móvel finalizado em abril.

Desta forma, após a mensalização do último trimestre, observa-se que em abril o contingente ajustado sazonalmente de trabalhadores na economia atingiu 102,1 milhões, o maior valor já estimado pelo IBGE.

A desagregação dos dados da população ocupada também revela que a maioria dos novos empregos gerados está ocorrendo no mercado formal. Segundo a PNAD Contínua, nos últimos 12 meses, o número de trabalhadores com algum tipo de registro aumentou 4,4%, enquanto o crescimento de trabalhadores informais foi de apenas 1,0%.

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