Centrais e OIT discutem impacto das enchentes no mercado de trabalho do RS

A CSB-RS e as demais centrais sindicais do Rio Grande do Sul reuniram-se na manhã desta terça-feira (18), na sede do Sindibancários em Porto Alegre, com Nieve Thomet, diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, e José Ribeiro, um dirigente da OIT no Brasil, para avaliar o impacto das enchentes que atingiram o estado no mercado de trabalho local.

O presidente da CSB-RS, Sérgio Arnoud, afirmou que o Estado tem uma grande defasagem de servidores para suprir a necessidade de atendimento à população, uma vez que há anos está sendo aplicado pelos governos estaduais uma política de “Estado mínimo”.

“A administração do RS vem perdendo funcionários e não vem repondo, causando uma grande carência, além de do fato de o quadro funcional estar envelhecido e com salários defasados. Uma prova disso é que houve reajuste de apenas 6% nos últimos 10 anos”, destacou.

Até hoje, as ruas de grande parte das cidades afetadas estão tomadas por lixo e entulhos levados pelas enchentes e serviços básicos como fornecimento de água e eletricidade não foram totalmente reestabelecidos.

Diante desse quadro, Arnoud disse que irá levar esses dados para discussão no Conselho do Plano Rio Grande, iniciativa do governo estadual para a reconstrução do Estado, pois acredita que é necessário um reaparelhamento imediato para o enfrentamento das dificuldades.

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O vice-presidente da CSB-RS, Antonio Roma, também participou da reunião e trouxe a informação de que cerca de 400 mil trabalhadores já perderam seus postos de trabalho, além do número quase imensurável de trabalhadores informais que perderam seu meio de sustento.

Os representantes da OIT se comprometeram em apoiar os trabalhadores afetados, planejando reuniões com federações e governos para buscar soluções efetivas nos próximos dias.

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