Antonio Neto: big techs contra PL das fake news mostram reais intenções

Big techs contra PL das fake news – As big techs não estão nem aí com as consequências de seus algoritmos que estimulam ódio, violência, crimes ou a liquidação da honra das pessoas atingidas por fake news. A preocupação é o lucro.

Essa indústria da maldade virtual remunera muito bem essas empresas. Não é preciso ser um especialista em redes sociais para saber que o engajamento em ações destrutivas é muito maior que o engajamento em publicações construtivas. Ou seja, é lucro. Lucro acima de vidas.

Hoje já vivemos uma “ditadura” das big techs. Não há instabilidade que explique posts derrubados na base do algoritmo. Posts com certas hashtags ou palavras-chave são silenciados. O abuso econômico é evidente. Ou vocês acham que um post que vá contra os interesses da Meta ou do Google terá o mesmo alcance que um post de interesse das big techs?!

O PL 2630 está muito equilibrado. Ele é pautado pela soberania digital e por valores democráticos. Não há censura ou construção de uma “verdade”. Apenas valida um conceito que deve ser básico: o que não pode no mundo real, não pode no virtual.

Relembro um texto que publiquei no início do ano por aqui:

Na nossa Constituição não há nada comparável com a Primeira Emenda da Constituição norte-americana. Nós adotamos o modelo alemão de democracia combativa. Ou seja, a nossa Carta Magna possuí mecanismos próprios de auto-defesa para proteger a democracia de uma interpretação autoritária da liberdade de expressão.

Relembro a frase de Lacordaire “entre senhor e servo é a liberdade que oprime e a lei que liberta”. Pode se discutir algumas decisões da Suprema Corte no inquérito dos atos antidemocráticos, mas não o objetivo: a defesa da democracia.

A teoria da Democracia Militante, de Karl Loewenstein, surge pós o Nazismo. Entre as ações práticas produzidas está a criminalização do nazismo e da negação do holocausto. Medidas que a Constituição Norte-americana jamais admitiriam por causa da primeira emenda.

Nos EUA, admite-se marchas de supremacistas raciais nas ruas. No Brasil, não! Quer dizer que os brasileiros possuem menos democracia que os americanos? Definitivamente não!

Discurso de ódio, ideias supremacistas e ataques ao Estado Democrático de Direito não podem ser consideradas liberdades individuais, pois elas ofendem diretamente as liberdades coletivas.

Como qualquer democracia, a nossa Constituição possui limitações, mas não permite a ela traição.

Antonio Neto, presidente da CSB

Leia também: Governo cria grupo para discutir regras do trabalho em aplicativos; CSB participa

Compartilhe:

Leia mais
Camara aprova teto salario minimo e mudança bpc
Corte de gastos: Câmara aprova teto para aumento do salário mínimo e mudança no BPC
CSB na Secretaria nacional da juventude conjuve
CSB assume cadeira no Conjuve, conselho que debate políticas públicas para a juventude
codefat aprova calendario pagamento abono salarial 2025
Conselho aprova calendário de pagamento do Abono Salarial para 2025; confira datas
regras aposentadoria 2025 reforma da previdência
Haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria em 2025; entenda as novas regras da previdência
Câmara aprova fim da desoneração da folha de pagamento
Câmara aprova imposto mínimo de 15% sobre lucro de multinacionais, seguindo padrão da OCDE
aumento salário mínimo 1954 getúlio vargas
O que aconteceu no Brasil depois que Getúlio aumentou em 100% o salário mínimo
Fachada tst
TST derruba regra da reforma trabalhista que limitava acesso à Justiça gratuita; entenda
trabalhadora obrigada a mostrar os seios
Empresa é condenada a indenizar trabalhadora obrigada a mostrar os seios para superior
paralisação sindimetropolinato ônibus porto alegre
Rodoviários da região de Porto Alegre paralisam atividades por reajuste salarial não pago
Flavio Dino e Rubens Paiva
Lembrando Rubens Paiva, Dino defende que Lei da Anistia não se aplica a ocultação de cadáver