Vice-presidente Flávio Werneck criticou a imoralidade da Lei 13.467/17 durante seu discurso
O real impacto das reformas trabalhista e previdenciária pautou a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) no Senado Federal, realizada nesta segunda-feira (28). A CSB foi representada pelo vice-presidente Flávio Werneck.
Em discurso, o dirigente afirmou que o Brasil vive em um paradoxo entre o legal e o moral. “Se eu tenho já recuperado R$ 4 bilhões só do que devolveram para a [Operação] Lava Jato e um prejuízo estimado em R$ 250 bilhões, com que cara de pau, e essa é a palavra, eu vou impor uma reforma da Previdência? Sendo que eu quero colocar um Refis para as pessoas deixarem de pagar quase R$ 500 milhões que estão devendo de contribuição previdenciária. Pode ser legal o Refis? É legal, mas é imoral”, analisou.

O vice-presidente afirmou ainda que é preciso continuar na luta contra a retirada de diretos em todos os espaços. “É a responsabilidade de cada brasileiro, de cada um de nós, em colocar a situação e ir para uma briga, para a rua, se necessário, e demonstrar a insatisfação por não estar participando de nada disso”, convocou.

Na avaliação do senador e presidente da sessão, Paulo Paim (PT-RS), os projetos do governo foram desenhados para a elite e não para o povo. “A reforma trabalhista foi para atender o grande empresariado, isso eles já fizeram. Agora eles querem fazer a reforma da Previdência para atender aos banqueiros, que é a privatização da Previdência”, condenou.







