Ato público, passeata e paralisação em defesa da AMAC/Juiz de Fora

Em dia de paralisação, os trabalhadores em assistência social de Juiz de Fora, principalmente os funcionários da AMAC ((Associação Municipal de Apoio Comunitário), fizeram, na manhã/tarde desta quinta-feira (22 de fevereiro), um significativo Ato Público seguido de uma grande passeata. A FESERP-MG, A CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), a CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) apoiam firmemente o movimento, contra o processo de Chamamento Público tocado pela Prefeitura Municipal e que vem beneficiando a ADRA/Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Sudeste Brasileira (de Belo Horizonte) em detrimento de tradicionais entidades de Juiz de Fora.

“A AMAC tem décadas de bons serviços prestados à população, atividades que são referência nacional e premiadas em várias cidades do Brasil, e agora está sendo deixada de lado através de um processo viciado, mal conduzido, direcionado”, denunciou o presidente da FESERP-MG e da seccional mineira da CSB Cosme Nogueira, citando programas tradicionais desenvolvidos pela AMAC: “Pró-Idoso”, “Bom de Bola, Bom de Escola”, “Centro de Referência do Cidadão de Rua”, “Menina Artesã”, “Pequeno Jardineiro” e “Casa Abrigo”, “Curumim” e outros, além das creches.

“Essa terceirização vai precarizar os serviços e  trazer queda na qualidade do atual modelo”, completou. O presidente do SINSERPU-JF, Amarildo Romanazzi, reforçou o discurso: “Querer prejudicar a AMAC é ir contra a população de Juiz de Fora, pois são muitos os cidadãos que utilizam seus serviços. Se esse processo (do Chamamento Público) não for revisto teremos, além do prejuízo aos usuários, desemprego em massa”, disse, lembrando outras entidades que correm riscos: Abrigo Santa Helena, Gedae, Grupo Semente e Instituto Dom Orione, entre elas.

A manifestação começou nas escadarias da Câmara Municipal, com um grande número de pessoas, e o local foi escolhido porque estava previsto, para esta quinta-feira, uma Audiência Pública sobre a questão no Legislativo – reunião esta posteriormente adiada por “manobras” dos vereadores da base do prefeito. Em seguida, os trabalhadores desceram a Rua Halfeld em passeata até a porta da Secretaria de Desenvolvimento Social (que estava fortemente “protegida” pela Guarda Municipal) e lá pediram a imediata demissão do secretário de Assistência Social de Juiz de Fora, Abraão Gerson Ribeiro – e alguns manifestantes incluíram no discurso também o pedido de saída do cargo do prefeito Bruno Siqueira (PMDB), visto como “omisso” em relação ao tema. Ao final, uma nova paralisação foi agendada para o dia 8 de março, caso a Prefeitura não reveja o mecanismo do Chamamento Público.

Fonte: FESERP/MG

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